domingo, 5 de agosto de 2007

Beijing Guoan e Shanghai Shenhua


Hoje, dois times chineses enfrentaram dois grandes clubes europeus: o Beijing Guoan perdeu por 3 a 0 em amistoso contra os espanhóis do Barcelona e o Shanghai Shenhua foi derrotado pelo Porto, de Portugal, pelo mesmo placar. Mas que times são esses?

O Beijing Guoan é da cidade de Pequim, capital chinesa. Fundado em 1992, os
Yulinjun (Guardiães do Palácio) são parte da CITIC Group (China International Trust and Investment Corporation), empresa estatal chinesa que controla importações e exportações do gigante asiático, uma das corporações mais ricas do país desde que houve abertura do capital. Recentemente, o time montou parceria com o Real Madrid depois de longa e produtiva parceria com a Hyundai Motors. Usando uniformes verde-e-brancos, o Guoan (nome que significa "paz em todos os lugares") ainda não ganhou nenhum título da Jia A (a liga nacional chinesa), apens 3 títulos da Copa da China.

Já o Shanghai Shenhua (shenhua é uma espécie de flor típica da cidade de Shanghai, até mesmo traduzido como "flor de Shanghai" - e se escreve tudo junto, não separado, como insistiu a ESPN Brasil) é de 1993, mas tem muito mais investimentos, de empresas como a Shanghai SVA Group, SMEG (Shanghai Media & Entertainment Group) e a Huangpu Investmimentos, que acabam por se refletir em mais títulos: dois da Jia A, um da Copa da China e um da Copa dos Campeões do Leste Asiático, em junho deste ano, após vencer o japonês Urawa Red Diamonds e o sul-coreano Seongnam Ilhwa Chunma, além dos compatriotas do Shandong Luneng. Usando uniformes azuis, o Shenhua pertence ao milionário Zhu Jun e é considerado o time mais rico da China, apesar de resultados surpreendentemente sofríveis na AFC Champions League dessa temporada de 2007, quando foi eliminado na 1ª fase pelo mesmo Urawa Red Diamonds, pelos australianos do Sydney FC e pelos indonésios do Persik Kediri.

É muito interessante ver jogos de times chineses, algo muito raro na TV brasileira. Pena que as transmissões de hoje foram eurocêntricas e demonstraram uma tenebrosa desinformação por parte dos jornalistas escalados para elas. Questão de tempo e costume.



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