terça-feira, 31 de julho de 2007

Curiosos times da Copa Sul-Americana

Começou ontem, dia 31 de julho, a Copa Sul-Americana. Como é um torneio com os times sul-americanos que não necessariamente tenha sido campeões da temporada em seus países, reúne alguns nomes bastante curiosos e times quase desconhecidos: em outros tempos, surgiram Pachuca, Universitario de Sucre, Huachipato e Santiago Wanderers (Chile), Cienciano e Coronel Bolognesi (Peru), Deportivo Italchacao, Trujillanos e Carabobo (Venezuela), Carabobo. A edição 2007 não foge à essa regra.

Além de recomendar o ótimo Guia que a Trivela preparou, listei abaixo os 5 times mais desconhecidos e informações "caixinha de surpresas" sobre eles.


Arsenal (ARG)

- foi fundado por Julio Grondona (atual presidente da Associação Argentina de Futebol, um dos homens mais poderosos do futebol sul-americano) e seu irmão Hector. O atual presidente do clube é Julio Ricardo Grondona, filho do presidente da AFA;

- o nome do time se inspirou no homônimo inglês, admirado pelos irmãos Grondona;

-é da cidade de Sarandí, próxima à Avellaneda. Suas cores homenageiam os dois mais vitoriosos times argentinos, o Racing (azul) e o Independiente (vermelho), ambos sediados em Avellaneda;

- o estádio do clube (chamado oficialmente Julio Humberto Grondona), é apelidado de "el viaducto", pois na década de 50, o trânsito da Avenida Mitre era muito confuso. Quando foi construído um viaduto, a obra foi inaugurada com muita pompa, o que tornou-se um fato quase folclórico e que apelidou toda a cidade de Sarandí como "el viaducto";

-Ibrahim Sekagya (atualmente no time austríaco do Red Bull Salzburg) foi o primeiro ugandês a jogar no futebol sul-americano, jogando no Arsenal de 2005 a 2007, depois de passar pelos argentinos Atletico Rafaela e Ferro Carril Oeste.

* * *
Jorge Wilstermann (BOL)
- foi fundado por funcionários do Lloyd Aéreo Boliviano, com o nome de San José de la Banda, usando uniformes branco e azuis (o vermelho atual foi colocado por idéia do ex-presidente Jorge Rojas Tardío, que dizia que o vermelho representava garra, força e espírito de luta;

- o nome Jorge Wilsterman homenageia o primeiro piloto comercial boliviano a cruzar o Pacífico (o aeroporto da cidade-sede do time, Cochabamba, tem o mesmo nome);

- a palavra "cochabamba", que dá nome à cidade-sede, tem origem no idioma quechua e significa "lago da planície" qhucha: lago e pampa: planície

- o estádio do Jorge Wilsterman se chama Felix Capriles, senador boliviano que ajudou muito no início da construção do estádio;

- em 1980, os "aviadores" tiveram o brasileiro Jairzinho (campeão do mundo em 70) em seu time.


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Olmedo (EQU)
- o nome Olmedo homenageia o poeta e político equatoriano José Joaquín de Olmedo, chamado no país de "Pai da Pátria", pois foi um dos poucos a se opor a Simón Bolívar quando da independência do país;

- o "Ciclón Andino" usa uniforme todo azul, pois a cor lembra as neves eternas dos Andes Equatorianos. A cor do time, por essa razão, seria branco, mas os fundadores acharam "sem-graça";

- a cidade-sede do time, Riobamba (a mais de 2700 m de altitude), está cercada de vulcões em atividade, como o Chimborazo, o Tungurahua, o Altar e o Carihuayrazo. O nome Riobamba vem de Tomebamba, nome da capital inca do Equador, cujo nome significa "casa (tome) dos governantes (bamba)"



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Zamora (VEN)


- maior ascensão do futebol venezuelano, subiu da Terceira para a Primeira Divisão em três temporadas, após grande injeção financeira da indústria petrolífera;

- fundado como "Panteras Hípicas" (que é um de seus apelidos até hoje, apesar do mais popular ser "Os Quixotes"), mudou para Zamora em homenagem a Ezequiel Zamora, militar venezuelano que lutou pela manutenção da unidade do país durante a Guerra Federal. Morreu antes da guerra terminar, por isso virou um dos grandes heróis nacionais da Venezuela.

- a sede do time é a cidade de Barinas, cujo nome é o mesmo
de um vento que prenuncia a estação chuvosa na região dos Llanos (rico ecossistema da América do Sul setentrional assemelhado ao Pantanal). O nome vem do povo indígena Barí.

- os Quixotes jogam no
Estádio Agustín Tovar, também chamao de La Carolina. Agustín Tovar Albertis foi senador no início do século 20 e um dos grandes beneméritos da Venezuela. La Carolina é homenagem à sua filha Carolina, que Tovar dizia ser a razão de tudo que fazia pelo país.

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Carabobo (VEN)
- foi fundado como Valencia FC, o nome de sua cidade-sede e como forma em homenagem ao time homônimo espanhol (tinha, inclusive, as mesmas cores). No final da década de 90, passou a se chamar Carabobo, que faz referência o nome do estado em que fica Valencia. No início, usava a cor verde, mas pouco tempo depois, sua torcida pediu o uso do grená, para imitar a seleção venezuelana;

-por causa das cores, o apelido do time é "vinotinto", assim como a Venezuela;

- o escudo do time tem um sol nascente, também encontrado na bandeira do estado de Carabobo;

- o nome Carabobo é de origem arauque (povo indígena que habitava o Caribe e norte venezuelanos) e significa "região com muita água": karau significa região e bo, água. A repetição da palavra bo é como se forma o plural no idioma arauque: repetindo a última sílaba;

- é no estádio Misael Delgado que o Carabobo joga suas partidas. O nome do estádio relembra um policial valenciano morto no golpe de estado no final dos anos 50 que levou
Wolfgang Larrazábal ao poder.



domingo, 29 de julho de 2007

Viktoria Berlim campeão Alemão de 1894




Com 113 anos de atraso, o Viktoria Berlin (apelidado como "Die Himmelblauen", "Os Azuis-celestes" e que atualmente disputa a 5ª divisão) confirmou neste sábado o título do Campeonato Alemão de 1894 ao empatar com o Hanau FC (apelidado "Die Schwarz-Weißen", "Os Alvi-negros" e atualmente na 7ª. divisão) por 1 a 1, em Berlim. O time alvi-azul jogava com a vantagem de poder perder por até dois gols, pois havia vencido fora de casa, em Hanau por 3 a 0, no último final de semana.

O jogo foi a edição de uma partida que não aconteceu em 1894, quando o jogo para a decisão do título aconteceu em Berlim e o Hanau não pôde viajar por falta de verbas, sendo o Viktoria Berlin declarado campeão.

Mas uma coisa me chamou a atenção: o campeonato alemão começou em 1902, quando o
VfB Leipzig sagrou-se campeão após derrotar o DFC Praga. Então, como um campeonato de 1894 poderia ser decidido?

A explicação é relativamente simples, apesar de ter sido ignorada pela totalidade da imprensa esportiva brasileira. Uma das precursoras da atual DFB (a Deutscher Fußball-Bund - Federação Alemã de Futebol) foi a DBF (Bund Deutscher Fußballspieler - Federação de Jogadores Alemães de Futebol), que surgiu em 1890 e foi a primeira entidade alemã a organizar campeonatos.

Confusões quanto a pagamento de salários maiores a jogadores estrangeiros fez com que a BDF desaparecesse e fosse subsituída, em 1891, pela DFuCB (Deutschen Fußball- und Cricket Bund - Federação Alemã de Futebol e Críquete), que organizou campeonatos nacionais de futebol até 1902, quando, dois anos depois de ter sido fundada, a DFB organizou o primeiro campeonato alemão de futebol.

* * *

Campeões da era DFuCB

1891/92 The English FC 1890 Berlin
1892/93 BTuFC Viktoria 89 (antigo nome do Viktoria Berlin)
1893/94 BTuFC Viktoria 89
1894/95 BTuFC Viktoria 89
1895/96 BTuFC Viktoria 89
1896/97 BTuFC Viktoria 89
1897/98 BFC Vorwärts 1890 (atual Blau Weiss Berlin)
1898/99 BFC Vorwärts 1890
1899/00 BFC Vorwärts 1890
1900/01 BFC Vorwärts 1890
1901/02 Berliner SC 1893




quinta-feira, 26 de julho de 2007

Rhyl

Muito bom texto sobre o Rhyl, integrante da 1ª divisão de País de Gales está no site Trivela. Campeão da Welsh Premiership na temporada 2003/04, os Lilliwhites são sediados em Rhyl, cidade de pouco mais de 25 mil habitantes localizada no extremo norte galês, às margens do Mar da Irlanda.

E o que significa Rhyl? Palavra do idioma galês, rhyl significa ferrovia, já que a cidade surgiu em volta de uma estração ferroviária importante: até hoje, a maioria dos trens que vão para Londres, Cardiff e Manchester passam por Rhyl.


Palmeiras, de virada

Meio que complementando o post Palmeiras - Edmundo e Paulo Baier.

Como o Palmeiras melhorou sem Edmundo. Ficou mais veloz, mais agudo, Valdívia mostrou o craque que é e o brilhante gênio que será.

O Vasco recuou pateticamente no segundo tempo.

Tinha um a mais e foi esmagado por uma pressão apenas discreta do Palmeiras.

Técnicos como Celso Roth precisam ser enterrados! Eles representam algo que está matando o futebol brasileiro!

Roth, Parreira, Zagallo, Dunga e filhotes de Helenio Herrera: DE-SA-PA-RE-ÇAM!!!!

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Cubanos desertores

Guillermo Rigondeaux. Boxe.
Erislandy Lara. Boxe.
Rafael Capote. Handebol.
Lazaro Lanegas. Ginástica artística.

Quatro atletas cubanos que desertaram a delegação do país que está competindo nos Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro. Diz-se que os quatro irão para a Alemanha.

Fidel Castro e sua claque (muitos ainda acreditam nessa extemporânea figura, que para mim é como acreditar em saci-pererê ou no Paulo Maluf) dizem que eles são "traidores da pátria" e que fugiram em "troca de dinheiro", além de denunciar uma suposta máfia de roubo de atletas.

Ora, se é assim, por qual razão atletas de Antilhas Holandesas, Santa Lúcia ou Bolívia não desertam? Eles também são atletas pobres, de países pobres, que poderia buscar dinheiro, fama, sucesso e reconhecimento na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos. Então, por que não desertam?

Porque nas
Antilhas Holandesas, Santa Lúcia ou Bolívia eles têm liberdade. Se eles quiserem, eles vão para onde bem entendem, sem precisar explicar a trinta e sete burocratas para onde eles vão e por que eles vão. Por que o país deles os respeita como cidadãos, seres humanos e não dentes de uma embreagem ou aparelhos de um sistema arcaico e apodrecido. E claro, ganham dinheiro para viver suas vidas livres.

O que é justo.


Fim da parceria MSI - Corinthians

Fechar parceria de milhões com uma empresa que sequer existe fisicamente, gerenciada por um sujeito que não tem nacionalidade (ou tem umas treze diferentes) ?

Só foi a favor quem fecha os olhos para pilantragem.

E o que tem de gente que era a favor, que dizia ser "um bem para o futebol", "o que importa é ganhar títulos" e agora se diz contra é uma grandeza.


Palmeiras - Edmundo e Paulo Baier

Vejo Palmeiras x Vasco. São 32 do 1° tempo. Está 2 a 0 para o Vasco. Não sei quanto acabou nem o que aconteceu depois.

Mas uma coisa para mim é clara: quando Paulo Baier saiu, pouco lamentei. Não há espaço no futebol para 1 jogador ter outros dez se esfalfando por ele. Quando Baier saiu, o Palmeiras melhorou sensivelmente.

É o que acontece agora com Edmundo. Ele não tem mais nem 10% do vigor físico e da velocidade de outrora. Ainda é um craque, mas não serve para ser titular de um clube como o Palmeiras. Pela sua imensa qualidade e até por gratidão, serve para ficar no banco, entrar num momento de segurar o jogo, cozinhar o galo.

Para começar jogando, não dá mais. Um time não pode depender de um jogador. A não ser que ele seja Pelé. O que não é o caso.


Escudo de Antígua e Barbuda

O leitor Alexandre Anibal, ao comentar o texto "Escudos das Federações de Futebol dos Países do Pan", pergunta-me de onde surgiram esses animais (segundo ele, parecido com antílopes) no escudo da federação de futebol de Antígua e Barbuda (acima). Como se pode ver abaixo, no brasão de armas do país, o distintivos de futebol se assemelha muito ao símbolo nacional.

O brasão, criado pelo desenhista antiguano Gordon Christopher no final da década de 1960, mostra um abacaxi (que simboliza o abacaxi negro, importante produto de exportação) ladeado por flores de hibsico. Do lado esquerdo, um ramo de cana (a primeira indústria do país foi sucro-alcooleira) e do lado direito, uma flor de iúca (Yucca baccata). No escudo central, linhas brancas e azuis representam o mar de Antígua, assim como o sol representa parte da natureza local e o fundo preto atrás do sol representa a colonização africana das ilhas. Dentro, um moinho de cana-de-açúcar.

Os veados que ladeiam o escudo relembram um animal que existia nas ilhas antes das colonização, representando a vida selvagem das ilhas. Os dois veados chamam-se "Antígua" e "Barbuda", as ilhas que dão nome ao país. Na faixa, a frase "Each Endeavouring, All Achieving", ou seja, "A cada esforço, ganha-se tudo".

terça-feira, 24 de julho de 2007

Mongólia: Flechas, cavalos e lutas










Ano após ano, todo começo do mês de julho, há na Mongólia o Naadam, festival que reúne os principais esportes praticados no país: o tiro com arco (o popular arco-e-flecha), corrida de cavalos mongol (ao estilo das corridas cross-country) e o Khuresh (uma espécie de luta greco-romana local, criada por Gêngis Khan). A cultura e o folclore mongóis, inclusive, dizem que ser bom arqueiro, cavaleiro e lutador faz do homem uma pessoa completa.

Num país cujo maior herói esportivo é Jigjid Munkhbat, medalhista de prata em luta greco-romana na Olimpíada de 1968, com pequena população apesar do tamanho (é o 19° maior país do mundo, mas tem menos de 3 milhões de habitantes), qual o espaço que teria o futebol?

O filme “A Grande Final”, de 2006, mostra que pode ter algum. A película espanhola mostra episódios independentes, mas interligados, de indígenas brasileiros, tuaregues do Níger e nômades mongóis lutando para conseguirem assistir à final da Copa de 2002. Todos os relatos são baseados em fatos reais, o que evidencia o quanto o futebol atinge até os confins da Mongólia.

Atualmente, nas escolas primárias mais afastadas da capital, Ulan Bator, o futebol faz parte do currículo escolar e todas as crianças praticam o esporte. Como acontece em muitos países recém-aficcionados pelo futebol, ele é mais praticado pelas meninas, que são proibidas de disputar os esportes mais populares do país, apesar de muitas mulheres se destacarem no tiro esportivo, como Munkhbayar Dorjsuren, hoje competindo pela Alemanha.

Muito frio, muito quente

Fundada em 1959 e filiada à Fifa apenas em 1998, a Federação de Futebol da Mongólia nunca obteve resultados, ainda que medíocres, nem mesmo em âmbito continental, onde jamais alcançou qualquer coisa digna de nota. As quatro únicas vitórias da seleção mongol (que usa camisa e calções vermelhos) aconteceram contra um mesmo adversário, Guam, último colocado no ranking de seleções da Fifa.

Como dito, a federação mongol foi fundada em 1959, mas a seleção não disputou jogo algum entre 1960 e 1998, basicamente por três razões: falta de dinheiro, de um time que pudesse minimamente fazer frente a qualquer outro e, mais gravemente, por problemas climáticos.

Como a Mongólia está localizada no centro-norte da Ásia, à beira do Himalaia, o clima local é bastante inóspito, com temperaturas que variam do extremamente quente no verão, com médias de 42°C e muito frio no inverno, com médias de -10°C. Além disso, Ulan Bator é a capital mais fria do mundo, com média anual de -2°C. Como se não bastasse, o país é assolado aleatoriamente pelo ‘zud’, um evento climático típico da Mongólia, no qual ocorrem temperaturas extremas de verão e inverno, causando tempestades de areia e pequenos tornados.

Esses são os maiores motivos para que a prática do futebol no Estádio Nacional de Ulan Bator e nos estádios das grandes cidades do país, como Erdenet, Tchoïbalsan, Baganoor e Darhan, fosse cada vez mais difícil e rara. Inclusive, a federação mongol solicitou apoio do programa Goal (programa da Fifa de apoio financeiro às nações futebolisticamente subdesenvolvidas) para a construção de vestiários e estruturas esportivas cobertas e climatizadas, a fim de favorecer o surgimento de atletas de qualidade.

Os Cavalos Vermelhos

O surgimento de craques não parece estar mais perto hoje do que já esteve algum dia. O centroavante de 22 anos Ganbaatar Tögsbayar (que joga no Khoromkhon) é o maior artilheiro mongol de todos os tempos e, sinal da globalização, já tem seus cabelos descoloridos, mas não chama a atenção de potências continentais. O experiente goleiro Jargalsaikhan Enkhbayar, do Khangarid, na meta nacional desde 1997, chegou a fazer testes em alguns times chineses, não saiu do país.

Em 1997, chegou à seleção (apelidada de Cavalos Vermelhos) o técnico Ishdorj Otogonbayar, um ex-jogador local que se formou em futebol em Kiev e que havia sido várias vezes campeão pelo Erchim, o time da Companhia de Energia Elétrica da Mongólia. Otogonbayar é considerado o principal responsável pela evolução (mesmo que pequena) da seleção, que, se não obtém vitórias, pelo menos motiva a torcida e os jovens a praticarem o futebol. Além disso, foi o comandante do time na histórica vitória sobre Guam, em fevereiro de 2003, a primeira da Mongólia. Mas enquanto outra vitória sobre Guam (essa, de goleada por 5 a 2, em 25 de junho de 2006) é considerada pelos cronistas locais como o grande momento da história futebolística mongol, eles sempre se lembrarão da derrota frente ao Uzbequistão por 15 a 0 em 1998, o pior revés da história dos Cavalos Vermelhos.

Em termos de clubes, o resquício da época comunista, em que a União Soviética praticamente financiava o país e o estatismo mandava, ainda existe. Os times dependem de universidades (casos do Zamin Uud, do Ulaanbaatar University e do Zamchin) ou de empresas, como o Khasin Khultood, que é o time do Banco Nacional, o Baganoor, que é o clube do sindicato de trabalhadores rurais e o Selenge Press, mantido pelos jornais do país. A liga nacional existe organizada como tal desde 1974 e atualmente é disputada por 12 times divididos em quatro grupos de três, de onde saem oito equipes que se enfrentam em eliminatórias até a final.

Nunca nenhum time mongol participou de copas asiáticas de clubes. Havia planos no alviverde Khasin Khultood, campeão do ano passado, participar da Presidents Cup (torneio continental, que, grosso modo, reúne a ‘terceira divisão’ de clubes da Ásia), mas faltou dinheiro para viagens internacionais.

Enquanto não houver estrutura, intercâmbio continental e um mínimo de investimento, a Mongólia continuará a ser saco de pancadas e a figurar entre os últimos colocados em qualquer ranking.


matéria de minha autoria originalmente publica no site Trivela, na seção "Conheça a Seleção"


A Volta da França e o Futebol



Desde 7 de julho está sendo disputada a tradicional Volta de França, competição de ciclismo que existe de 1903. Cada etapa do percurso, basicamente dentro da França, mas com passagens por Inglaterra (de onde saíram os competidores nessa edição), Bélgica e Espanha passa por várias cidades. Por isso, apresento em cada trecho os maiores times de futebol mais próximos das cidades principais.

Para isso, contei com a inestimável ajuda do Google Earth. Razão pela qual aviso que as distâncias dos pontos de checagem para os estádios são em linha reta, portanto aproximadas, e mesmo os times citados são aqueles representados em "pacotes" de pontos do próprio GE. Assim qualquer correção ou observação são mais do que bem-vindas.

* * *
PRÓLOGO
Londres

Saída: Whitehall
Time: Chelsea
Estádio: Stamford Bridge
Distância: 5 km

Chegada: London Mall
Time: Chelsea
Estádio: Stamford Bridge
Distância: pouco mais de 4,5 km


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1ª ETAPA
Londres a Canterbury
Saída: Londres
Time: Chelsea
Estádio: Stamford Bridge
Distância: 5 km

Passagens por:
Time: Charlton Athletic
Estádio: The Valley
Distância: 300 m

Time: Erith Town FC
Estádio: David Ives Stadium (Erith Stadium)
Distância: menos de 100 m

Times: Dartford FC e Gravesend & Northfleet
Estádio: Stonebridge Road
Distância: o estádio fica ao lado da estrada

1ª parada
Gillingham
Time: Gillingham FC
Estádio: Priestfield Stadium
Distância: 1 km

Passagens por:
Time: Chatham Town FC
Estádio: Maidstone Road Sports Ground
Distância: menos de 800 m


2ª parada
Teston
Time: Tonbridge Angels
Estádio: Betterview Stadium
Distância: 11 km

3ª parada
Tenterden
Time: Folkestone Invicta
Estádio: Westbourne Stadium
Distância: 33 km


Chegada: Canterbury
Time: Dover Athletic
Estádio:
Crabble Athletic Ground
Distância: 23 km

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2ª ETAPA
Dunquerque a Gent
Saída: Dunquerque
Time: USL Dunkerque
Estádio: Stade Tribut
Distância: 1 km


Passagens por:
Time: KFC Poperinge
Estádio:
Poperinge
Distância: 1 km

1ª parada
Boezinge
Time: Sassport Boezinge
Estádio: Dokter Dekemelelaan
Distância: 400 m

2ª parada
Westende
Time: KV Oostende
Estádio: Albertparkstadion
Distância: 13 km

Passagens por:
Time:
Torhout 1992 KM
Estádio: De Velodroom
Distância: 1 km

3ª parada
Aarsele
Time: KFC Aarsele
Estádio: Bernard Langeraet
Distância: 500 m

Passagens por:
Time:
KMSK Deinze
Estádio: Van de Wiele Stadion
Distância: 500 m

Chegada: Gent
Time: Gent
Estádio:
Jules Otten
Distância: 4 km

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3ª ETAPA
Waregem a Compiègne

Saída: Waregem
Time: Zulte-Waregem
Estádio: Regenboogstadion
Distância: 400 m

Passagens por:
Time:
Eendracht Vichte
Estádio: André Dewinter
Distância: o estádio fica ao lado da estrada

1ª parada
Tournai
Time: RFC Tournai
Estádio: Luc Varenne
Distância: 3 km


Passagens por:
Time: Saint-Amand FC

Estádio: Jean de la Ruelle
Distância: 1 km

Time: Denain Athlétique
Estádio: Denain Ville Esportive
Distância: 800 m

2ª parada
Fontaine-au-Bois
Time: Vallencienes
Estádio: Marly Stade Andre Denayer
Distância: 23 km

parada Achery
Time:
Olympique Saint Quentin
Estádio: Paul Debresie
Distância: 21 km

Chegada: Compiègne
Time: AFC Compiègne
Estádio:
Paul Cosyns

Distância: 1 km

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4ª ETAPA
Villers-Cotterêts a Joigny
Saída: Villers-Cotterêts
Time: FC Villers-Cotterêts Estádio: sem nome
Distância: 500 m

Passagens por:
Time: ES Charly-Foot
Estádio: Rue des Flachères
Distância: 1 km

Chegada: Joigny Time: FC Sens
Estádio: Fernand Sastre Distância: 25 km

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5ª ETAPA
Chablis - Autun
Saída: Chablis

Time: Auxerre Estádio: l'Abbé-Deschamps
Distância: 16 km

Passagens por:
Time: AFM Avallon
Estádio: Rue des Flachères
Distância: 500 m

Chegada: Autun Time: Creusot Estádio: Jean Garnier Distância: 25 km

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6ª ETAPA
S
emur-en-Auxois - Bourg-en-Bresse
Saída:
Semur-en-Auxois
Time: Semur-en-Auxois FC Estádio: sem nome
Distância: 200 m

Chegada: Bourg-en-Bresse Time: Bourg-Péronnas Estádio: Municipal de Péronnas Distância: 3 km

* * *
7ª ETAPA
Bourg-en-Bresse - Le Grand-Bornand
Saída:
Bourg-en-Bresse Time: Bourg-Péronnas Estádio: Municipal de Péronnas Distância: 3 km

Chegada: Le Grand-Bornand Time: CS Chênois (Suíça) Estádio: des Trois Chênes Distância: 32 km

* * *
8ª ETAPA
Le Grand-Bornand - Monte Tignes
Saída:
Bourg-en-Bresse Time: CS Chênois (Suíça) Estádio: des Trois Chênes Distância: 32 km

Chegada: Monte Tignes
Time: Tignes Foot
Estádio: Tignes
Distância: 300 m

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9ª ETAPA
Val d'Isère - Briançon
Saída:
Val d'Isère Time: UCPA
Estádio: UCPA
Distância: 100 m

Chegada: Briançon
Time: Olympique Briançon
Estádio: Paul Zamick
Distância: 2 km

* * *
10ª ETAPA
Tallard - Marseille Time: Gap Hautes Alpes FC
Estádio: Gap Hautes Alpes
Distância: pouco menos de 10 km

Passagens por:
Time: EP Manosque
Estádio: Adrien Gilly
Distância: 3 km


Time: SC Roquevaire
Estádio: Léon David
Distância: 200 m


Chegada: Marseille
Time: Olympique Marseille
Estádio: Velodrome
Distância: 2 km

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11ª ETAPA
Marseille - Montpellier
Saída: Marseille
Time: Olympique Marseille
Estádio: Velodrome
Distância: 2 km

Passagens por:
Time: AC Arles
Estádio: Fernand Fournier
Distância: 700 m


Time: Gallia Club Lunellois
Estádio: Fernand Brunel
Distância: 800 m


Chegada: Montpellier
Time: Montpellier
Estádio: de la Mosson
Distância: 6 km

* * *
12ª ETAPA
Montpellier - Castres
Saída:
Montpellier
Time: Montpellier
Estádio: de la Mosson
Distância: 6 km

Chegada: Castres
Time: SC Castres
Estádio: Lardaillé-Roulandou
Distância: 1 km

* * *
13ª ETAPA
Albi
Saída e Chegada: Albi

Time: US Albi
Estádio: Maurice Rigaud
Distância: 2 km

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14ª ETAPA
Mazamet - Plateau-de-Beille
Saída:
Mazamet
Time: SO Mazamet Estádio: Cafe de la Paix
Distância: 1 km

Chegada: Plateau-de-Beille
sem time

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15ª ETAPA
Foix - Loudenvielle-le-Louron Saída: Foix
Time: FC Foix
Estádio: Chambéry
Distância: 2 km

Chegada: Loudenvielle-le-Louron
Time: Lavaur FC
Estádio:
Lac de Génos
Distância: 900 m

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16ª ETAPA
Orthez - Gourette (Col d'Aubisque) Saída: Orthez
Time: Elan Bearnais Orthez
Estádio: sem nome

Distância: 1 km

Chegada: Gourette
sem time

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17ª ETAPA
Pau - Castelsarrasin
Saída: Pau

Time: Pau FC
Estádio: Hameau
Distância: 5 km

Chegada: Castelsarrasin
Time: Montauban
Estádio:
de la Fobio
Distância: 21 km

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18ª ETAPA
Cahors - Angoulême
Saída: Cahors

Time: CSP
Estádio: Pradines
Distância: 3 km

Passagens por:
Time: Trélissac LMP
Estádio: François Daudou
Distância: 1 km


Chegada: Angoulême
Time: Angoulême CFC
Estádio:
Lebon
Distância: 100 m

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19ª ETAPA
Cognac - Angoulême
Saída: Congnac

Time: UA Cognac Football
Estádio: de la Belle Allée
Distância: 800 m

Chegada: Angoulême
Time: Angoulême CFC
Estádio:
Lebon
Distância: 100 m

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20ª ETAPA
Marcoussis - Paris
Saída: Marcoussis

Time: Viry-Châtillon ES
Estádio: Francoeur Complexe Sportif Henri Longuet
Distância: 21 km

Passagens por:
Time: Paris Sa
Estádio: Parc des Princes
Distância: 1 km


Chegada: Paris
Time: Levallois SC
Estádio:
Bauer
Distância: 5 km

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Bandeira da Guatemala


Brasil e Guatemala acabaram de se enfrentar pelo primeiro jogo de futsal dos Jogos Panamericanos. Por isso, recebi um email de José Santos Vitti perguntando o que significa o desenho dentro da bandeira guatemalteca.

Para começar: as duas faixas azuis representam os Oceanos Atlântico e Pacífico, já que ambos banham o país da América Central. A faixa branca simboliza a paz, além de coincidir com um modelo de bandeira muito popular em toda a região, das chamadas Províncias Unidas da América Central, que existiu de 1823 a 1839 e reunia os atuais países da Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua e Costa Rica, além de Los Altos, região guatemalteca que foi um país independente por um breve período no início do século 19.

No centro, no escudo desenhado pelo artista suíço Johann-Baptiste Frener, há um pássaro, o quetzal (Pharomachrus mocinno mocinno
), animal-símbolo da Guatemala, sobre um pergaminho com a inscrição "Libertad 15 de septiembre de 1821", que é a data em que o país proclamou sua independência da Espanha. Também são vistos dois rifles cruzados, que simbolizam que a Guatemala defenderá sua pátria, mesmo que faça uso da força; duas espadas, que representam a honra guatemalteca e duas coroas de louros, que simbolizam a vitória perante o colonizador.