quinta-feira, 31 de maio de 2007

Pachuca

Hoje o Pachuca, campeão da Copa Sul-Americana, começa a decisão da Recopa Sul-Americana (e aí vai uma crítica: que "torneio" besta) contra o Internacional de Porto Alegre, campeão da Libertadores.

Mais um nome curioso que desperta dúvidas. O que seria "Pachuca (pronunciado 'patchúca')"?

Pois bem: o nome do time (fundado em 1901, o mais antigo da primeira divisão mexicana e um dos mais antigos do país), homenageia a cidade-sede do clube, Pachuca de Soto, localizada na porção centro-oriental do México, com pouco menos de 300 mil habitantes e muita imigração árabe, algo um tanto raro no país.

O nome Pachuca vem da palavra nauhatl "Pachoaca" ou "Pachoacan", que significa "local de onde se tomam as decisões", derivado do fato que foi na região que Francisco Téllez y Gonzalo Rodríguez (um dos primeiros espanhóis a chegarem no México) construiu um dos raros feudos da América Latina. Por isso, os indígenas chamavam o local de Pachoaca e os colonizadores de Pachoacan.

Mas o nome oficial da cidade, como dito, é Pachuca de Soto. O nome Soto foi acrescido no começo da década de 20 do século passado em homenagem ao deputado Manuel Fernando de Soto, que criou a emenda que transformou Hidalgo (estado cuja capital é Pachuca) em estado federal mexicano.

Como curiosidades adicionais:

- no centro do escudo do Pachuca, há um monumento. Ele é o Reloj Monumental, relógio que fica na praça central da cidade, projetado e construído pela mesma empresa que fez o londrino Big Ben.

- o apelido pachuquenho é Tuzos (toupeiras), já que a origem do time e da cidade é mineira. E assim como as toupeiras, os mineiros vivem sob a terra, em galerias subterrâneas. Por isso, também os nativos de Pachuca são chamados de tuzos.

domingo, 27 de maio de 2007

Catania

Ao mesmo tempo, eu acompanhava a vitória do Catania sobre o Chievo Verona, que felizmente salvou Gli Elefanti da Série B. Felizmente para mim, claro: meu coração salernitano, apesar da rivalidade, falou mais alto pela Itália meridional.

E surgiu-me uma dúvida típica dos nossos ouvintes da Rádio Bandeirantes: por que existe um afro-asiático elefante no escudo de um time do sul da Itália?

O escudo dos Rossazzurri repete o que há no brasão da cidade de Catânia: um elefante, por inspiração da obra u Liotru ou Fontana dell'Elefante (veja abaixo), um obelisco com fonte construído em 1736 por Giovanni Battista Vaccarini e acabou tornando-se o principal símbolo da cidade.

O elefante homenageia "Annone", elefante branco mascote do papa Leão X, oferecido na ocasião da sua entronação, pelo rei Dom Manuel I. Já o nome Liotru é uma corruptela de Eliodoro, religioso de Catânia morto sob a acusação de necromancia e posteriormente dado como inocente.

Estádio Oreste Granillo (ou il Granillo)


Hoje, dia 27, estava assistindo Reggina 2 x 0 Milan pela TV Bandeirantes e o bom narrador William Lopes (do E+i). O jogo foi na cidade de Reggio Calabria, sede do clube amaranto, no estádio Orestre Granillo. Eu sempre ouvi o nome "Comunale", como sendo a casa da Reggina e fiquei curioso.

Pois bem: o estádio surgiu em 1932 (quase 20 anos depois do nascimento da Reggina Calcio), mas com o nome de Michelle Bianchi, jornalista e político italiano de grande importância no início do século 20 e um dos grandes idealistas do movimento fascista italiano.

Por ser um nome muito controverso, por tudo que o fascismo representou para o país, o estádio mudou várias vezes de nome, o que fez com que todos acabassem chamando o estádio de Comunale.

Muitas reformas depois, o estádio é reinaugurado em 99 com o nome de Oreste Granillo, político comunista, sindicalista e presidente da Reggina em um dos mais gloriosos períodos do time, no final dos anos 60, quando o time subiu à série B pela primeira vez na história.

3 Rápidas

Fifa proíbe partidas acima de 2.500 metros

Decisão absurda, arbitrária e sem base científica. Um estupro à liberdade da prática do futebol. Essa data ficará sombriamente marcada na história do futebol: o dia em que engravatados em Zurique decidiram que o povo não pode ver futebol onde nasceu. Um atentado à auto-determinação dos povos.

São Paulo x Palmeiras: empate sem brilho
Um dos piores Choque-Rei de todos os tempos. Não há o que dizer. Técnicos medíocres, jogadores dispersos, torcida morna.

Uma catástrofe em câmera-lenta.

Romário é mil
Que bom que acabou. Felizmente, ninguém fala mais disso.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Estava escrito que o Milan ia ganhar.

Estava escrito.

Quando os irlandeses do Cork City passaram apertados pelos cipriotas do Apollon Limassol (então favoritos, por ter um time mais rico e com o técnico alemão Bernd Stange, ex-seleção iraquiana, no banco) estava escrito que o Milan ia ser campeão da Europa. A sorte dos rossoneri diante dos sorteios é algo que chega a irritar até o mais tifoso tifoso.

Simbolicamente falando, um time que tem Kaká não precisava de um decadente Estrela Vermelha, que eliminou com facilidade os alviverdes de Cork, em seu caminho rumo à fase de grupos. Podia ser alguma coisa um pouco mais complicada e mesmo assim, não foi fácil. Mas o Milan passou. Afinal, Nikola Žigic não exigiu tanto de uma defesa algo lenta de um time que desde já, contava com um excelente início de campeonato de Seedorf e os gols de Pippo.

E a turma de Ancelotti (contestado antes, contestado agora, a despeito de sua evidente eficiência e louvável, quando dá certo, teimosia) chegou à fase de grupos. Chelsea? Barcelona? Werder Bremen? Internazionale? Manchester United? Não.

No grupo do Milan, Les Mauve et Blanc do Anderlecht, há tanto tempo longe dos holofotes europeus; os kitrinomavri do AEK Atenas, uma surpresa desde a fase anterior, quando eliminaram o rico, mas irregular escocês-lituano Hearts of Midlhothian; o Lille, pequeno na França, nanico na Europa. Ainda assim, não foi fácil para o Milan. Ganhou duas vezes só dos belgas e ainda perdeu fora para os gregos e em casa para os franceses. E ainda assim, acabou em primeiro lugar no grupo.

Oitavas. Os rossoneri enfrentam um apenas animado, Celtic. E ganha numa prorrogação, depois de dois ancelottísticos zero a zeros, graças aos pés de Kaká, melhor jogador do mundo esse ano. Quartas-de-final. Roma (time italiano de futebol mais vistoso da temporada), Manchester United (então praticando o mais bonito futebol dos últimos anos), Chelsea (e seu multimiolinárioivch elencovich)? Para o Milan, caiu o Bayern de Munique, que passou toda a temporada em variadas e cruéis sessões de auto-flagelamento, pulando de um Magath sem identificação a um Hitzfeld menos eficiente. E de novo o Milan passou. Mas passou, pela primeira vez, acertando o jogo, encaixando o que até então eram apenas tentativas.

Chegaram as semifinais. Aí, jogando um futebol dos mais consistentes (essa palavra já virou quase um clichê nos textos futeboleiros), o Milan passou quase como quis por cima do Manchester United, um time que praticou um futebol lindo durante os primeiros meses do ano, mas não resistiu à solidez e ao pragmatismo (outro quase clichê) milanista.

Na final, tudo já foi dito. O Milan levou. Com capacidade e seriedade. Mas com sorte. Para o Milan, sorteios. Para os rivais, azareios.

terça-feira, 22 de maio de 2007

Milan x Liverpool



Não vou falar do jogo, não vou fazer previsões. Como sempre, vou abordar um lado diferente de cada um dos times. Milan e Liverpool. Liverpool e Milan.

LIVERPOOL
Origem do nome da cidade
Ainda é muito debatido. Mas há duas principais correntes: uma afirma que o nome original da cidade era "Liuerpul" ou "Litherpool", palavra do antigo saxão que significava "poço de água lodosa"; outra, afirma que o nome da cidade era "Elverpool", em razão da grande quantidade de enguias ("eels") no Rio Mersey, que deságüa na baía de Liverpool.

Brasão da cidade
Datado dos finais do século 18, o brasão da cidade de Liverpool mostra um cormorão ("liver bird") com um ramo de oliveira no bico. O cormorão foi escolhido quase ao acaso, pela grande quantidade dessa ave existente na lama que circundava a cidade. Com o tempo, o brasão foi se modificando, até que a ave ficou muito mais parecida com a ave do escudo do time (ver acima) do que com o cormorão original.


Cores do time
No início, as cores do time eram o azul e o branco. Antes de completar 10 anos de existência, o time passou a ostentar camisas vermelhas e brancas, as mesmas da cidade. E assim ficou até a chegada do lendário técnico Bill Shankly, em 1964, que considerando que o vermelho traria temor aos adversários, resolveu colocar o time todo de vermelho: camisas, calções e meias.

Escudo
O escudo do Liverpool tem ao centro o liver bird, símbolo da cidade. Acima do brasão, uma reprodução da "Shankly Gates", portão no estádio do time em homenagem ao técnico Bill Shankly, além do lema "You´ll Never Walk Alone", música do grupo de rock inglês Gerry and The Pacemakers que virou um hino para os Reds, torcedores do Liverpool. Ao lado do escudo, duas piras flamejantes que lembram as almas de todos os que morreram na tragédia de Hillsborough (quando na final da FA Cup de 89 uma briga resultou na morte de 96 torcedores do time). O verde no escudo é a cor da maioria das estátuas do liver bird espalhadas pela cidade.

Estádio
O estádio de Anfield, inaugurado em setembro de 1884, fica no subúrbio liverpudliano de mesmo nome. Curiosamente, o estádio era casa do Everton (grande rival dos Reds), que o alugava, mas com o aumento dos custos por parte de John Houlding, o dono do estádio, os Toffes acharam por bem procurar outro estádio, o Goodison Park. O nome Anfield vem de "hangfield", devido à grande depressão natural do terreno onde fica o bairro.



MILÃO
Origem do nome da cidade
Acredita-se que o nome Milão venha do celta Medelhan, que significa "no meio da planície", pois a localização original da cidade ficava na várzea entre os riachos Olona e Seveso e nas imediações de dois grandes rios, o Ticino e o Adda. Também por isso, os romanos chamavam a cidade de Mediolanum, uma tradução latina do nome celta.

Brasão da cidade
O escudo de armas da cidade de Milão, que existe desde o início do século 11, é muito simples. Ao centro do escudo branco, a cruz de Santo Ambrósio (bispo de Milão entre 374 e 397). O santo é o patrono de Milão e dá nome à Catedral da cidade, a terceira maior do mundo. Acima do escudo, uma coroa representando a realeza italiana e ao lado, um ramo de louro e um ramo de carvalho




Cores do time
Desde sua fundação (pelos ingleses Alfred Edwards e Herbert Kilpin), as cores do Milan foram o preto e o vermelho. O preto representa a raça e o ardor que os jogadores praticariam o futebol milanista e o vermelho representa a coragem frente aos oponentes. Fundado como clube de críquete e futebol, sempre teve uniforme com camisas listradas e calções brancos, como era natural e comum em times de críquete.

Escudo
O escudo do Milan é tão simples quanto o brasão da cidade. Do lado esquerdo, há a padronagem de listras verticais rubro-negras da camisa do time. Do lado direito, a cruz ambrosiana do brasão. Acima, a sigla ACM (Associazione Calcio Milan) e abaixo, o ano de fundação do time.

Estádio
Giuseppe Meazza (também chamado San Siro). Ao contrário do que se diz, os nomes nada têm a ver com Milan ou sua rival Internazionale: é que o estádio tem o nome de Meazza, atacante que jogou nos dois times (espcialmente na Inter, onde jogou mais de 300 jogos), na Juventus e na Atalanta entre as décadas de 20 e 40. Já San Siro, bairro onde fica o estádio, leva o nome do São Ciro de Gênova (também chamado São Ciro de Pavia), um dos santos mais afeitos à proteção animal.


domingo, 20 de maio de 2007

1000

Romário foi um dos melhores atacantes que eu já vi jogar.

Deixem Romário ser feliz e se divertir com esse gol (que agora não vem ao caso discutir se é mil, novecentos e noventa, que seja).

É o momento de Romário curtir.

Mas não serei hipócrita. Cansou essa brincadeira. Bom que acabou. Agora, rola a bola, sem babar ovo.

Lembremos a história de Romário. Hoje foi apenas hoje.

Toca a bola.

VfB Stuttgart

Nascido da fusão de FV Stuttgart (escudo à esquerda) e Kronen-Klub Cannstatt (escudo à direita), o VfB Stuttgart, campeão alemão de 2007 (leia aqui excelente texto de Roberto Piantino no Blog de Mauro Beting) tem em seu escudo as letras VfB, sigla alemã que siginifca Verein für Bewegungsspiele (algo como "Associação para Jogos de Movimento), o nome Stuttgart (cidade-sede do time) e um triângulo amarelo com desenhos pretos dentro dele. Esse triângulo é uma estilização de parte do brasão de Baden-Württemberg (ver abaixo), estado alemão onde se localiza a cidade de Stuttgart.



Heerenveen

Evidentemente, muitos estranharam a convocação de Afonso Alves para a seleção brasileira. De fato, arroubos de arrogância à parte, foi uma chamada surpreendente, apesar da boa temporada do atacante no futebol holandês, depois de relativo sucesso também no futebol sueco. Dizer que "nunca ouvi falar desse Afonso" é um excesso de desinformação, mas poucos podem afirmar que sabem há tempos com qual perna ele chuta melhor ou qual sua maior qualidade.

Mas também ouviu-se muitas piadinhas sobre o Heerenveen, time em que joga Afonso. Comparações (que eu chamo de "o trocadilho do argumento") surgiram: "é um time do tamanho do Brasiliense", "é para a Holanda o que o Rio Branco de Americana é para São Paulo".

Fundado em 20 de julho de 1920 na cidade homônima de menos de 30 mil habitantes, localizada na província da Frísia, na Holanda setentrional, o sc Heerenveen (heer significa "lorde" e veen signifca "turfa", já que a cidade foi fundada por nobres que viviam da extração de turfa) é de fato um time modesto mesmo nos parâmetros holandeses e seus grandes feitos foram três vice-campeonatos: um do campeonato holandês em 2000 e outro da Copa da Holanda de 1993 e 1997, além de ser presença constante em torneios europeus, especialmente da Copa da UEFA, resultante de boas colocações no campeonato nacional.

O time foi fundado com o nome de Athleta. Um ano depois, alterou seu nome para Spartaan, o que não durou nem um ano, logo sendo mudado para VV Heerenveen. Apenas após o futebol do clube ter se tornado profissional, apenas em 1977, o time passou a ter o atual nome.

O "Orgulho da Frísia" teve alguns importantes jogadores em sua história de poucas conquistas, mas muitas tradições: Ruud van Nistelrooy, que virou centroavante no Heerenveen, foi artilheiro do time na temporada 97-98, de onde saiu para o PSV por quase 7 milhões de euro, um recorde à época entre times holandeses. Também o atacante Klaas Jan Huntelaar (atualmente no Ajax) destacou-se nos frísios, transferindo-se para Amsterdam por novo valor recorde de 9 milhões de euro. O polonês Arkadiusz Radomski fez grande carreira no time holandês durante sete anos, onde disputou 213 jogos, recorde entre não-holandeses no Heerenveen.

É muito latente no Heerenveen o nacionalismo frísio. Os "corações" no escudo do time são, na verdade, representações estilizadas de um tipo de lírio d'água (Nympaea alba), um dos grandes símbolos da província, que muitos consideram ser um país dentro de outro, com idioma e costumes diferentes dos holandeses. Antes de cada jogo, a torcida entoa o hino da Frísia, em cerimônia que muitos já compararam às danças maoris da seleção neozelandesa de rúgbi.


Estádio Abe Lenstra

O Heerenveen disputa seus jogos no Estádio Abe Lenstra, com capacidade para 25 mil pessoas, cujo nome homenageia o meia-atacante Abe Lenstra (à esquerda), que fez carreira em times como SC Enschede, Enschedese Boys, DOS '19, WSV, DOS Kampen e o Assen. Mas foi no VV Heerenveen (antigo nome do sc) que Lenstra tornou-se um herói frísio e um dos grandes ídolos do futebol holandês antes da geração da década de 70.


sábado, 19 de maio de 2007

Chelsea Campeão da FA Cup

Hoje, com um gol do marfinense Drogba, a três minutos do fim da prorrogação, o Chelsea bateu o Manchester United por 1 a 0 e sagrou-se campeão da FA Cup, a Copa da Inglaterra, a mais antiga competição interclubes do mundo (existe desde 1872).

Time médio até a grande injeção de dinheiro do milionário russo Roman Abrahmovic, a partir de 2003, o Chelsea tinha poucos títulos de expressão (exceção feita ao Campeonato Inglês de 1970, as FA Cup de 1970, 97 e 2000 e a antiga Copa dos Campeões das Copas Européias de 1971 e 1998). Mas isso mudou, e de lá para cá, os Blues já levaram dois Campeonatos Ingleses, duas FA Cup e duas Copas da Liga.

Mas afinal, o que significa a palavra "chelsea", se afinal o time é de Londres? E o escudo do time, o que ele representa?

Chelsea, na verdade, é um bairro na zona oeste de Londres. Seu nome vem da palavra do antigo anglo-saxão "Cealc-h3ð", que significa "porto/cais de calcário", pois conta-se que durante o governo do rei Eduardo, o Confessor, calcário era retirado do Tâmisa para a construção da Abadia de Westminster e aterrado na região que hoje é Chelsea, que apareceu pela primeira vez com esse nome no Domesday Book, considerado o primeiro grande censo da história inglesa.

Já o escudo do Chelsea tem um leão rampante empunhando um cajado (que já aparece no brasão do condado, em homenagem a Earl Cadogan, o Visconde de Chelsea, ex-presidente do time que escolheu as cores do time- azul e branco), duas bolas de futebol vermelhas e duas rosas, que representam a Inglaterra.

Abaixo, todos os campeões da FA Cup:

11 Manchester United
10 Arsenal
8 Tottenham
7 Aston Villa, Liverpool
6 Blackburn Rovers, Newcastle United
5 The Wanderers, West Bromwich Albion, Everton
4 Sheffield United, Bolton Wanderers, Wolverhampton Wanderers, Manchester City, Chelsea
3 Sheffield Wednesday, West Ham United
2 Old Etonians, Bury, Preston North End, Nottingham Forest, Sunderland
1 Oxford University, Royal Engineers, Clapham Rovers, Old Carthusians, Blackburn Olympic, Notts County, Barnsley, Bradford City, Burnley, Huddersfield Town, Cardiff City, Portsmouth, Derby County, Charlton Athletic, Blackpool, Leeds United, Southampton, Ipswich Town, Coventry City, Wimbledon

Sobre Kaká e Ronaldinho

Estive fora esses dias, mas sinto que preciso falar sobre isso, antes que a raiva me esgane a compaixão.

Poxa vida!

Como o brasileiro maltrata seus ídolos! Já estão querendo crucificar Kaká e Ronaldinho por eles terem pedido simplesmente para ter férias que não têm há 3 anos!

Que absurdo! Estão fazendo tempestade em copo d´água.

Apelar para o patriotismo, para o "ame-o ou deixe-o", é deprimente e extemporâneo.

Pescara

O leitor Marcus Buiatti me chamou a atenção para o escudo do Pescara (acima), time italiano fundado em 1936 e onde jogaram os brasileiros Tita, Júnior e Dunga. Buiatti pergunta por qual razão um golfinho aparece no distintivo dos Biancoazzuri.

Pescara é uma cidade localizada ao leste da Itália, às margens do Mar Adriático. Neste mar há muitos golfinhos, chamados na região de "
tursiope" (Tursiops truncatus, abaixo), que apesar de comum em grande parte dos mares, vive em regiões mais rasas justamente no Adriático Setentrional, onde fica a cidade de Pescara. Todo dia 5 de agosto, inclusive, há uma cerimônia onde os golfinhos são festejados, escolas dedicam parte de suas aulas ao estudo desses animais.

Claro que toda essa proximidade com o ser humano traz perigo aos golfinhos, naturalmente afáveis ao contato, que já veêm diminuir sua população (estimada atualmente em 150 indivíduos). Por isso, o
Tethys Research Institute (Instituto Tehthys de Pesquisa), dedica-se desde 1987 ao estudo dos hábitos e preservação da vida dos golfinhos.

Por isso, portanto, há um golfinho (delfino, em italiano) no escudo do Pescara.


quinta-feira, 17 de maio de 2007

A vida é uma caixinha de surpresas

Querido leitor (leitores seria um pouco de exagero...),

ontem, dia 15, apaixonado por futebol que sou, fissurei a fíbula (vejam aqui), contusão comum em jogadores de futebol.

Como estou trabalhando em casa, atualizarei com menos freqüência. Mas pelo menos uma vez a cada dois dias, pretendo colocar alguma surpresa nessa caixinha.

domingo, 13 de maio de 2007

Estádios de Santos (SP)

Neste fim-de-semana (dias 12 e 13 de maio), estive em Santos. Lá, passei pelos três estádios dos times da cidade: a Vila Belmiro (do Santos FC), Ulrico Mursa (da AA Portuguesa Santista) e o Espanha (do Jabaquara AC). Vamos falar deles.


Urbano Caldeira (Vila Belmiro)
Proprietário: Santos Futebol Clube
Endereço: Av. Princesa Isabel s/n°
Capacidade: 20 o00 pessoas
Inauguração: 12/10/1916
Primeiro Jogo: Santos 2 x 1 Ypiranga (SP)
Primeiro Gol: Adolfo Millon Jr. (Santos)

Motivo do nome: Urbano Caldeira foi um dos grandes benémeritos do clube. Nascido em Santa Catarina, Caldeira foi goleiro e técnico da equipe, dedicando mais de 20 anos de sua vida ao Santos.

Vila Belmiro é o nome do bairro onde fica o estádio santista, localizado no quadrilátero das avenidas Ana Costa e Pinheiro Machado e das Ruas Carvalho de Mendonça e Joaquim Távora. Recebeu este nome em homenagem a Belmiro Ribeiro de Moraes e Silva, que se destacou na vida econômica e política da cidade, sendo o responsável pelo loteamento da Vila Operária, que passou a se chamar posteriormente Vila Belmiro.


Ulrico Mursa
Proprietário: Associação Atlética Portuguesa
Endereço: Av. Senador Pinheiro Machado 240
Capacidade: 9 mil pessoas
Inauguração: 05/12/1928
Primeiro Jogo: Portuguesa Santista 6 x 0 Sírio (SP) Primeiro Gol: Alfonso Rogério

Motivo do nome: Ulrico Mursa era diretor da Companhia Docas de Santos e colaborou muito com a construção do estádio, por isso foi homenageado. Há, inclusive, uma rua em Santos com esse nome.



Espanha
Proprietário: Jabaquara Atlético Clube

Endereço: Av. Francisco Ferreira Canto, 351
Capacidade: 7 mil pessoas
Inauguração: 1928 (no bairro do Macuco) e 1961 (no bairro da Caneleira)
Primeiro Jogo: não há registro Primeiro Gol: não há registro

Motivo do nome: o primeiro nome do time foi Hespanha Futebol Clube, pois foi fundado por um grupo de jornaleiros espanhóis que trabalhavam na região do Macuco, em Santos. O nome Caneleira, pelo qual alguns chamam o estádio, é o mesmo do bairro em que ele fica, que recebeu este nome porque, até a metade do século 20, havia na região uma grande quantia de árvores que produziam canela.




Outra coisa que chamou minha atenção foi o brasão da cidade, presente em vários lugares. Fui pesquisar o signficado do lema inscrito na faixa vermelha, a frase em latim "Patriam Charitatem et Libertatem Docui", que significa "À pátria ensinei a caridade e a liberdade", escrita pelo historiador Afonso d’Escragnolle Taunay, que representa os ideais santistas, aludindo diretamente à instituição da primeira Santa Casa de Misericórdia do Brasil (a caridade) e às lutas pela Independência (Liberdade, pelo santista José Bonifácio de Andrada e Silva).


fontes:
Jornal A Tribuna
Site da Prefeitura de Santos
Jornal Novo Milênio
Templos do Futebol

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Pobre Futebol do pobre Vale

A geografia me levou, nesses três últimos dias, ao Vale do Ribeira (lado paulista e lado paranaense), região extremamente pobre dos ricos estados de São Paulo e Paraná. Há um projeto de recuperação da mata ciliar do Rio Ribeira e de alguns afluentes principais e a empresa que trabalho está sendo chamada para fazer toda a cartografia do projeto. Um orgulho e um imenso prazer.

Estive nos municípios paulistas de Miracatu, Iguape e nos paranaenses de Rio Branco do Sul (onde fica a maior usina de cimento do Hemisfério Sul) e Cerro Azul. Como de praxe, em meio ao trabalho, meu fanatismo pelo futebol me fez assuntar sobre o esporte nessas cidades. E, em nenhuma delas, há sequer uma nêsga de esperança de termos futebol profissional.

Em Iguape, Rio Branco do Sul e Miracatu há estádios municipais, mas todos eles muito acanhados, onde de vez em quando há disputas de jogos entre times amadores e de várzea. Já é alguma coisa, mas é uma pena que uma região tão pobre não tenha a alegria de um time de futebol de verdade.

Relembrando de cabeça os times que já estiveram no Campeonato Paulista, os únicos representantes do Vale - SP que me recordo são o Comercial de Registro (alvirrubro, tradicional demais), o União do Vale, de Juquiá, o Cananéia Atlético Clube (esses, bem mais efêmeros).

Do lado paranaense, nada.

É uma pena. Inclusive, em Iguape, fiquei sabendo que torneios amadores movimentam a cidade. Seria legal que o futebol fosse um instumento, que além de trazer alegria à cidade, traria um pouco de inserção social. Essa semana mesmo, o Paraná Clube abriu uma escolinha em Cerro Azul. Já é um começo.

domingo, 6 de maio de 2007

Etimologia - Campeonato Brasileiro Série A

AMÉRICA DE NATAL

obviamente, o nome faz menção ao continente americano. Há quem diga que os fundadores do time tinham a idéia de homenagear o homônimo carioca, inclusive pela semelhança de escudos e cores.

A palavra “américa” (que tem registro desde a obra Cosmographiae introductio, de 1507) é o nome dado ao continente descoberto oficialmente por Cristóvão Colombo, em homenagem ao navegador italiano Américo (“o que governa a pátria”) Vespúcio. Usou-se o nome como substantivo feminino pois todos os continentes até então tinham nomes femininos.

Para alguns autores, o nome Natal (capital do Rio Grande do Norte e sede do América) é explicado em duas versões: a primeira refere-se ao dia em que a esquadra penetrou na barra do Rio Potengi e a segunda tem ligação direta com a data da demarcação do sítio primitivo da cidade, realizada por Jerônimo de Albuquerque no dia 25 de dezembro de 1599.


ATLÉTICO MINEIRO

Nasceu como Athletico Mineiro Foot Ball Club e mudou para o nome atual em 1913.

A palavra “atlético” vem do latim athletìcus, 'relativo aos atletas' e do grego athlétikós 'referente às lutas ou aos lutadores, do atleta', ambos derivou do grego áthlos, luta, combate'.

Já a palavra “mineiro” é o gentílico dos que nascem em Minas Gerais. Minas vem do francês mine 'jazida de metais, minerais etc', que por sua vez é derivado do termo celta meina 'metal bruto'.


ATLÉTICO PARANAENSE

Nascido em 26 de março de 1924 da fusão de Internacional e América, o time assume as cores preta do Internacional e Vermelha do América, o Atlético (ver etimologia acima) é o time paranaense que vem se firmando como grande também no cenário brasileiro.

A palavra Paraná vem do tupi m´paranã (“rio largo”) por causa da largura do rio Paraná. Paranaense é a junção de Paraná + o sufixo formador de adjetivos 'ense'.


BOTAFOGO

Originalmente, era um instrumento militar, uma haste com um pavio, com a qual o artilheiro detonava os canhões. “Botafogo”, era sinônimo de detonação de armas.

No século XVI, Portugal construiu o Galeão São João Batista, que, por seu poder de artilharia, ficou conhecido como “Botafogo”. João de Souza Pereira, foi o comandante do galeão e acabou por incorporar em seu sobrenome o apelido da embarcação. Chegando ao Rio de Janeiro, recebeu da Coroa Portuguesa, terras de uma praia, que ficou conhecida como “do Botafogo”.

O primeiro nome dado ao clube foi Eletro Club, homenagem a um extinto clube de pedestrianismo. Porém, numa reunião dos fundadores (então adolescentes de menos de 15 anos), dona Chiquitota, avó de um deles (Flávio Ramos) perguntou qual o nome do clube que eles estavam fundando e espantou-se com Eletro Club: “Morando no bairro com um nome lindo desses, o clube de vocês só pode se chamar Botafogo”


CORINTHIANS

nomeado como homenagem ao time inglês do Corinthian, que fez muito sucesso em excursão pelo Brasil. Atualmente, os ingleses fundiram-se ao Casuals, formando o Corinthian-Casuals FC.

A palavra “corinthian” é o termo em inglês da palavra “coríntios”, que se refere aos nascidos na cidade grega de Corinto (Κόρινθος), que tem esse nome por ter sido fundada por Corintho, filho do deus Helio . Corinto significa algo como “seco, sem vida”.


CRUZEIRO

Fundado como Palestra Itália, o time mudou seu nome para Cruzeiro em 1942 por causa de pressões nacionalistas do governo brasileiro. Escolheu-se Cruzeiro como homenagem à constelação do Cruzeiro do Sul, um dos principais símbolos do país.

Cruzeiro” vem do latimcrux, e do prefixo -eiro 'parte da igreja entre a nave central e a capela-mor'.


FIGUEIRENSE

O nome Figueirense foi sugerido por João Savas Siridákis, um dos fundadores do time catarinense, pois a maioria das reuniões que tratavam da fundação da futura agremiação ocorria na localidade da Figueira, situada na Rua Padre Roma e adjacências.

Figueira é a árvore do figo, cujo nome vem de sua designação científica Ficus.


FLAMENGO

existe alguma controvérsia do porquê do bairro carioca ter recebido esse nome: há quem diga que em finais do século 16 havia, na praia do Sapateiro (atual praia do Flamengo), um holandês de origem flamenga que ali morava e por isso, deu o nome à praia e por fim, ao bairro.

Mas há outras duas versões para o nome: a primeira remonta à época das invasões holandesas. Consta que prisioneiros holandeses de Pernambuco eram transferidos para esta praia. Os holandeses também eram conhecidos por flamengos e, a partir daí, os habitantes desta região acostumaram-se a indicar o local como praia dos Flamengos.

A outra versão baseia-se no fato de que eram vistos na praia bandos de pássaros vermelhos, pernaltas, de bico forte, conhecidos por flamingo.

É importante dizer que o Flamengo foi fundado no bairro homônimo, mas depois mudou-se para a Gávea, onde está até hoje.

Etimologicamente, a palavra “flamengo” vem do provençal flamenc (nome da ave de cor de fogo)


FLUMINENSE

O Fluminense Football Club foi fundado por Oscar Cox e mais vinte membros. O nome Fluminense surgiu sem maiores debates, tendo sido a idéia inicial Rio Football Club. Mas João Ferreira já havia utilizado o nome na sede do Natação e Regatas.

Fluminense é o gentílico de quem nasce no estado do Rio de Janeiro. A palavra vem do latim flúmen 'rio' + sufixo formador de adjetivos 'ense'. Ou seja, “que nasce no rio”.


GOIÁS

O nome do time homenageia o estado-sede do clube, fundado em 6 de abril de 1943 pelos irmãos Lino e Carlos Barsi debaixo de um poste de luz da rua, pois a mãe dos fundadores, incomodada com a barulho, sugeriu que os jovens transferissem a reunião para a calçada

Goiás é derivado do nome dos índios guaiás, do tupi gwa e ya 'indivíduo igual, gente semelhante, da mesma raça'


GRÊMIO

O paulista Cândido Dias rodeava um treino do time do Rio Grande com uma bola sob os braços. De repente, a bola do treino fura e os jogadores pedem a de Dias emprestada. Em troca, ele pede dicas de como montar um time de futebol. Em 15 de setembro de 1903, no Salão Grau, restaurante de um hotel, mais de 30 amigos de Dias fundaram o Grêmio Portoalegrense.

A palavra “grêmio”, muito comum em entidades esportivas (generalizadamente chamadas de agremiação, inclusive) vem do latim gremìum 'o que está contido ou reunido numa braçada' e do grego grex/gregis 'reunião, ajuntamento'


INTERNACIONAL

Fundado com o nome Internacional para reiterar o caráter democrático e plurinacional que o time deveria ter, já que os fundadores, os irmãos Poppe, haviam sido rejeitados como sócios tanto do Grêmio quanto do Fussball Porto Alegre por não terem ascendência alemã, mas com a desculpa oficial, que eles, paulistas, tinham pouco tempo em Porto Alegre.

A palavra “internacional” vem do francês international, que é a junção do prefixo latino inter ''no interior de dois ou mais' e nasc, do latim nasci 'nascer, ser posto no mundo'.


JUVENTUDE

O Ju foi fundado em 29 de junho de 1913, por um grupo de 35 jovens caxienses apaixonados por futebol, a maioria deles (como Antônio Chiaradia Neto, o primeiro presidente) descendentes de italianos, o que faz do clube um dos primeiros clubes de colônia ainda em atividade no Brasil.

Etimologicamente, vem do latim juvéntus, útis 'época ou condição de estar na mocidade, de ser jovem'.


NÁUTICO

Surgido como um clube de remo (assim como muitos times brasileiros), o nome completo do Timbu pernambucano tem o nome completo de Clube Náutico Capibaribe, pois foi fundado às margens do Rio Capibaribe, um dos principais de Recife, capital do estado. O Náutico teve outros nomes, como Clube dos Pimpões e Recreio Fluvial.

Manteve-se o nome Náutico, que vem do latim nautìcus e do grego nautikós 'de marinheiro, naval', 'relativo à navegação ou aos navegadores das naus'. Já Capibaribe vem do tupi e quer dizer “rio das capivaras”


PALMEIRAS

Assim como o Cruzeiro, foi fundado como Palestra Itália. A diferença é que foi forçado a mudar de nome pelo governo paulista, que apoiava o nacionalismo do governo federal. Quando ficou decidido que o time mudaria de nome, os fundadores tiveram a idéia de dar o nome de “Palmeiras” ao time, em lembrança às palmeiras que existiam em profusão na sede social do clube e como homenagem à antiga e extinta Associação Atlética das Palmeiras. Além disso, aproveitou-se a letra P do antigo escudo do Palestra Itália.

A palavra “palmeira” vem da forma das folhas da árvore, que lembram mãos espalmadas. Já “palma” vem de uma acepção irregular do termo latim palmae 'lado interno da mão'


PARANÁ

A palavra Paraná vem do tupi m´paranã (“rio largo”) era como os indígenas se referiam ao rio Paraná.

Nascido da fusão de vários times, o Paraná Clube herdou o vermelho do Colorado e o azul do Pinheiros. O nome do novo time foi sempre unânime entre os fundadores, já que o Água Verde antes de tornar-se Pinheiros, cogitou o nome Paraná e o Colorado quase se chamou Paraná. Era, portanto, um nome comum às duas correntes.


SANTOS

Homenageia a cidade-sede do time, localizada no litoral do estado de São Paulo, a 70 km de distância da capital. A palavra "santo" vem do latim sanctus, 'que tem caráter sagrado, augusto, venerando, inviolável, respeitável, purificador'.

Foi Brás Cubas, explorador português que fundou a vila de Enguaguaçu, fundando um porto, uma capela em homenagem a Santa Catarina e a Santa Casa de Misericórdia de Todos os Santos, que dariam origem à atual cidade de Santos.


SÃO PAULO

Tem origem no nome do estado sede do time. O estado foi batizado pelo colégio jesuíta de São Paulo de Piratininga, comandado pelo padre José de Anchieta em homenagem ao santo São Paulo (Paulo de Tarso), considerado um dos mais importantes da hagiografia cristã, nascido na Cilícia, entre as atuais Turquia e Síria.

O nome Paulo (originalmente Saulo) significa “o solicitado” e tem muito a ver com a vida de São Paulo, pescador que teve uma vida missionária em torno de várias partes do mundo, escrevendo cartas (as chamadas epístolas) pregando e ensinando as máximas cristãs.


SPORT RECIFE

Em 13 de maio de 1905, Guilherme de Aquino Fonseca (que trouxera uma bola de futebol da Hooton Lown School, onde estudara na Inglaterra) após uma reunião com funcionários e diretores da Associação dos Empregados do Comércio de Pernambuco criou um time de futebol. Pouco tempo depois, um festival contou com ma partida de futebol em que tomaram parte sócios do Sport Club e do English Eleven. Nascia o Sport.

A palavra “sport” (esporte em inglês) vem do francês disport, déport 'recreação, passatempo, lazer', Já o nome de Recife, capital pernambucana, vem do árabe arrasíf 'parede de apoio, dique, muralha, cais', pelos recifes de coral na entrada marítima da cidade.


VASCO

O nome do time homenageia o navegador português Vasco da Gama, pois em 1898, quando o clube foi fundado por Henrique Ferreira Monteiro, Luís Antônio Rodrigues, José Alexandre d `Avelar Rodrigues e Manuel Teixeira de Souza Júnior, se comemorava o quarto centenário da viagem de descoberta do caminho marítimo para as Índias.

O nome Vasco (assim como o termo Basco) deriva da redução do termo latim vascònis 'povo ibérico habitante das duas vertentes dos Pireneus'. A palavra vasco tem várias grafias diferentes em outros idiomas, como gascon, Gascoigne, gascão, euscaro e vasconço.

Ó, Portuguesa

Doze de janeiro de 1936. Portuguesa 5 x 2 Ypiranga. Paulista.

Treze de dezembro de 1936. Portuguesa 6 x 1 Ypiranga. Paulista.

Dezenove de junho de 1952. Portuguesa 2 x 2 Vasco. Rio-São Paulo.

Cinco de junho de 1953. Portuguesa 2 x 0 Palmeiras. Rio-São Paulo.

Vinte e seis de agosto de 1973. Portuguesa 0 x 0 Santos. Paulista.

Cinco datas que representam os 5 grandes títulos que a Portuguesa, fundada em 14 de agosto, dia da Batalha de Aljubarrota (que em 1385 marcou o fim do domínio do Reino de Castela sobre Portugal), ganhou em sua história.

Eneas (ao lado), Brandãozinho, Muca, Conrado Ross, Nabor, Leivinha, Capitão, Félix, Dener, Djalma Santos, Oto Glória, Ivair, Badeco, Pinga, Servílio, Zé Maria, Zé Roberto, Julinho, Candinho, Filó, Carioca, Brandão, Edu Marangon, Sinval, Tata, Nininho.

Ídolos da Lusa. Gênios rubro-verdes inesquecíveis, dentro e fora de campo. Andavam esquecidos. Andavam guardados apenas na memória dos torcedores mais fanáticos.

Tirando copas de juniores e um jogo brilhante aqui, outro ali, eu nunca tinha visto a Portuguesa ser campeã profissional de coisa alguma. Como alguém que ama futebol, não ver a Lusa campeã é uma falha no currículo. Torci muito em 96. Ailton e seu Grêmio imortal mataram minha torcida (minha e de todo mundo que eu conhecia, enamorados pela Lusa de Rodrigo Fabbri e Candinho).

E a Lusa foi descendo nas divisões da bola. Mas ainda era a Portuguesa, moradora do histórico Canindé, que sob a Cruz de Avis, surgiu da fusão de Luzíadas, 5 de Outubro, Lusitano, Marquês de Pombal e Portugal Marinhense.

Hoje, dia 6 de maio de 2007. Canindé lotado, como há muito não se via. Emoção no velho Ilha da Madeira, emoção no antigo Independência, emoção no Oswaldo Teixeira Duarte. Crianças com camisas verde-vermelhas. Jovens a cantar o hino de Roberto Leal. Velhos torcedores a entoar o hino de Archimedes Messina.

O jogo era a final da 2ª divisão do Campeonato Paulista. O adversário, o Rio Preto. A Lusa já subiu de volta para o lugar de onde jamais deveria ter saído e de onde mãos inábeis (ou pior que isso) a tiraram. Um, dois, três, quatro a zero. Para a Portuguesa. Pela primeira na minha vida, vejo a linda cena de jogadores da Portuguesa levantando um troféu, gritando "é campeão, é campeão".

Além dos nomes já citados, agora é justo que coloquemos também os heróis que hoje trouxeram o sorriso ao rosto do torcedor luso: Tiago, Wilton Goiano, Bruno, Marco Aurélio, Leonardo, Marcos Paulo, Rai, Alexandre, Erick, Preto, Vaguinho, Rivaldo, Diogo, Joãozinho, Bruno Soares. E Benazzi, que entra no panteão rubro-verde dos grandes técnicos.

No estádio, em meio às lágrimas que lavam toda a tristeza dos últimos anos, parece que dava para ouvir as vozes dos fundadores:

"Você faz parte de uma grande família
Que muito pode se orgulhar
É a família unida e muito amiga
Da Portuguesa querida"

Escudo do Toulouse


O ouvinte Ricardo Pereira me pergunta o que significa a cruz no escudo do Toulouse FC (acima).

A cruz é a chamada CRUZ RAIMONDINA, CRUZ OCCITANA ou CRUZ DOS CONDES DE TOULOUSE.

Occitânia é a região em que se fala o Occitano, idioma falado ao sul da França, no extremo leste da Itália (em pequenos trechos da Ligúria e do Piemonte, tendo Dronero e Borgo San Dalmazzo) e no extremo norte da Espanha (no Val d´Aran, cuja principal cidade é Vielha).

Essa cruz apareceu pela primeira vez como selo dos documentos do Conde Raimond de St.-Giles VI, em 1221 e atualmente, está em muitos brasões das cidades das regiões francesas de Provence-Alpes-Côte d'Azur, Rhône-Alpes, Auvergne, Limousin, Aquitânia, Poitou-Charentes, Languedoc-Roussillon e Midi-Pyrénées.

A cruz de Toulouse é uma modificação da cruz latina e os doze discos amarelos nos vértices de cada ponta representavam, originalmente, os signos do zodíaco. Depois, com uma intensa catequização católica na região, houve quem afirmasse que eles simbolizavam os 12 apóstolos. Mas a verdade é mesmo que eles representam o zodíaco.

Como curiosidade extra: as cores do Toulouse são o violeta e o branco. O branco representa a paz francesa e o violeta lembra a flor-símbolo da cidade, que tem inclusive o Festival Anual da Violeta.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

A pior decisão por pênaltis da história

Talvez a pior decisão por pênaltis da história das competições européias de clubes tenha sido a final da Liga dos Campeões de 86 (ainda chamada Copa dos Campeões da Europa naquela época) entre Steaua Bucareste (acima, com a taça do título), da Romênia, e Barcelona, da Espanha. Todas as oito cobranças foram para o gol, mas apenas duas entraram e 6 foram defendidas por Duckadam (goleiro romeno) e Urruti (goleiro barcelonista) .


Ainda pior foi a final da Copa da Finlândia de 1985, entre Haka Valkeakoski e HJK Helsinki. Foram cobrados 12 pênaltis e apenas 3 foram convertidos. Como ingrediente adicional, dois destes pênaltis foram batidos por Huttunen e Palmroos, goleiros respectivamente do Haka e do HJK. Huttunen, fez seu gol. Palmroos, perdeu.


Mas certamente a mais incompetente decisão por pênaltis aconteceu em 22 de janeiro de 1988 no jogo entre Mickleover Lightning Blue Sox e Chellaston Boys, da Inglaterra, pela final da Derby's Community Cup, uma competição para crianças de 8 a 11 anos. No final, o Blue Sox venceu por 2 a 1, após 66 cobranças, 33 para cada lado!

Artistas da Bola

Você sabia que o ator Collin Farrell (de Alexandre e Por um fio) quase seguiu carreira no futebol? O irlandês chegou a jogar pelo Castlenock Celtic e, de acordo com uns dos dirigentes do clube, “era muito versátil e por isso, conseguia jogar em qualquer posição”. No entanto, à medida que o futuro ator crescia, seu amor pelo esporte diminuía – assim como a vontade de levantar cedo aos domingos para jogar.


O cantor espanhol Julio Iglesias, também teve carreira no futebol. Foi goleiro do Real Madrid de 1959 até 1962, quando sofreu um grave acidente automobilístico que o deixou em cadeira de rodas por muito tempo. Nesse período, Iglesias ganhou um violão e começou a compôr. Virou um dos maiores intérpretes da música romântica de todos os tempos.


Raf Vallone, ator italiano (ganhou fama em Hollywood na trilogia “O Poderoso Chefão, interpretando o Cardeal Lamberto), jogou no Torino, com grande sucesso na temporada 34/35. Na final da Copa da Itália de 1938, o Torino, com Vallone em campo, perdeu da Juventus de forma muito suspeita. Indignado, Vallone, militante político e já formado em jornalismo, abandonou o futebol para se dedicar ao jornal político L'Unità e à carreira de crítico cinematográfico da revista La Stampa, de onde saiu para ser ator.