sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Camisetas Papo de Bola

O "Papo de bola", site do querido amigo gaúcho Edu César, com tudo sobre novidades do futebol, colocou à venda simpáticas camisetas personalizadas.

É só acessar Papo de Bola e comprar todos os seus presentes de Natal!


segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Juventus!!!



Você corinthiano, flamenguista, são-paulino, palmeirense, vascaíno, colorado, gremista, botafoguense, tricolores cariocas e baianos, santista. Você, que vê seu time entre as 20 maiores torcidas do Brasil, faça um exercício de abstração.


Pense que você não torce junto com mais 3 milhões de pessoas pelas mesmas cores, pelo mesmo amor. Esqueça os títulos fartos, as vitórias inesquecíveis e os craques indiscutíveis que passaram pelo seu time.


Você corinthiano, flamenguista, são-paulino, palmeirense, vascaíno, colorado, gremista, botafoguense, tricolores cariocas e baianos, santista. Você, que vê seu time entre as 20 maiores torcidas do Brasil, faça um exercício de abstração.


Pense que você não torce junto com mais 3 milhões de pessoas pelas mesmas cores, pelo mesmo amor. Esqueça os títulos fartos, as vitórias inesquecíveis e os craques indiscutíveis que passaram pelo seu time.


Vá até seu estádio preferido num dia sem jogo e sente-se nas arquibancadas. Feche os olhos. Tenha consigo a companhia das pombas, dos faxineiros da geral e da sua paixão pelo futebol. Imagine que junto de você, existem outras 500 pessoas no Brasil inteiro. No mundo inteiro.


Pense que você torce para um time cuja torcida tem esse tamanho. Um time que tem títulos esparsos e glórias advindas de vitórias sobre gigantes, um solitário gol de bicicleta. Um clube quase de bairro, que todos dizem amar, mas que poucos realmente sabem onde é o estádio.


Abstraia.


Conseguiu? O que você sentiu?


Pena? Compaixão? Achou graça? Se sentiu ridículo? Então volte para o seu gigante. Ele estará lá, de braços abertos a lhe esperar.


Sentiu prazer? Achou uma sensação esquistamente agradável? Sentiu-se único, diferente? Pronto. Você descobriu o que é torcer para um time pequeno. Agora, você de fato sabe o que é amar o futebol. Amor que é amor sobrevive a tristezas, a vitórias tão raras quanto intensas, a lágrimas carregadas de afeto.


Ontem, domingo, o Clube Atlético Juventus viveu uma de suas manhãs mais gloriosas, mais inesquecíveis, mais inacreditáveis.


Entrei na Rua Javari, o mítico estádio paulistano. Aquele que parece ter parado no tempo do futebol romântico, da bola laranja e das chuteiras pesadas. Dos juízes de preto e das traves quadradas. Dos torcedores de chapéu e das mulheres torcendo seus lencinhos, proibidas de gritar.


Estádio do Nonno, da Nonna. Estádio do time com camisa da Fiorentina e nome da Juventus. Do time do Cotonifício Rodolfo Crespi. Estádio com tribunas pintadas de grená, sem iluminação. Estádio no coração da Mooca, talvez o bairro mais querido de São Paulo, bairro operário, bairro italiano, bairro multinacional, multicultural.


E agora, campeão.


A inacreditável vitória sobre um valoroso Linense deu o título da Copa FPF (cujo nome oficial homenageia os Heróis da Revolução de 32, em esplêndida homenagem) ao time grená, que ganhou vaga para disputar a Copa do Brasil em 2008.


Não ganharemos, provavelmente.


Mas somos tão felizes.


Abstraia. Feche os olhos.


Pelo menos, lhe trará paz.



quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Futebol na antiga Iugoslávia



Entre 1919 (quando foi fundada) e 1992 (quando foi dissolvida), a Associação de Futebol da Iugoslávia (Fudbalski Savez Jugoslavije, em sérvio) representou a Iugoslávia, país que existiu no leste europeu unindo cinco repúblicas: Bósnia-Herzegovina, Croácia, Eslovênia, Iugoslávia (posteriormente separada em dois países, Sérvia e Montenegro) e Macedônia, além de Kosovo, hoje uma província da Sérvia.


Usando camisas azuis e calções brancos (por isso o apelido "plavi", azul em sérvio), a seleção iugoslava sempre foi um time muito tradicional, disputando torneios importantes, inclusive a Copa de 1930, quando eliminou o Brasil na primeira fase e só saiu da Copa ao ser derrotada nas semifinais pelos anfitriões uruguaios.


Durante a Segunda Guerra Mundial, o time foi dissolvido. Quando voltou a existir, destacou-se muito, tanto que jogou seguidamente as Copa de 1950, 1954, 1958 e 1962, quando chegou à quarta posição: na primeira fase, venceu Uruguai (3 x 1) e Colômbia (5 x 0) e perdeu para a União Soviética (2 x 0); nas quartas, eliminou a Alemanha Ocidental (1 x 0); na semi, foi derrotado pela Tchecoslováquia por 3 x 1 e nas decisão de terceiro lugar, perdeu para o Chile por 1 x 0.


Nesse meio tempo entre Copas, a Iugoslávia foi vice-campeã da Copa Européia de Seleções de 1960 (derrotado pela União Soviética) e de 1968, derrotado pela Itália por 2 x 0. Em 1974, jogou a Copa da Alemanha; em 1976, foi quarta colocada na Copa Européia (que organizou em casa); em 1982, esteve na Copa da Espanha; em 1984, novamente esteve na Copa Européia, assim como na Copa do Mundo em 1990, último torneio internacional disputado por uma seleção que era chamada de "Os Brasileiros do Leste Europeu".


Há que se lembrar que o único título do futebol iugoslavo foi a medalha de ouro nas Olimpíadas de 1960 (no torneio olímpico, a Iugoslávia tem três pratas e um bronze: 1948, 1952, 1960 e 1984 respectivamente), vencendo a Dinamarca no jogo final por 3 x 1.


Localmente, o futebol iugoslavo teve campeonato nacional desde 1923, quando o Građanski Zagreb sagrou-se campeão. O torneio, que sempre teve formato de pontos corridos, ida-e-volta, não aconteceu apenas em 1934, por problemas políticos (o rei Alexander I Karađorđević, que governava como ditador, foi assassinado por um opositor, o que causou grandes dificuldades no país, que então era uma monarquia, pois ficou acéfalo até se decidir quem assumiria) e durante a Segunda Guerra, de 1940 a 1944. Em 1945, o torneio foi disputado por seleções das 6 repúblicas que formavam o país e a seleção do exército, sendo vencido pela Sérvia.


Os campeões (entre parênteses, a cidade-sede e o país atual):

18 Estrela Vermelha (Belgrado, atual Sérvia)

11 Partizan Beograd (Belgrado, atual Sérvia)

9 Hajduk Split (Split, atual Croácia)

5 BSK Beograd, hoje OFK Beograd (Belgrado, atual Sérvia)

5 Građanski Zagreb (Zagreb, atual Croácia)

4 Dínamo Zagreb (Zagreb, atual Croácia)

2 Concordia Zagreb (Zagreb, atual Croácia)

2 Jugoslavija Beograd (Belgrado, atual Sérvia)

2 FK Sarajevo (Sarajevo, atual Bósnia-Herzegovina)

2 Vojvodina Novi Sad (Novi Sad, atual Sérvia)

1 HAŠK Zagreb (Zagreb, atual Croácia)

1 Željezničar (Sarajevo, atual Bósnia-Herzegovina)

Outros clubes que conquistaram títulos (no caso, da Copa da Iugoslávia), foram o Rijeka (Rijeka, atual Croácia), o Velež Mostar (Mostar, atual Bósnia-Herzegovina), o Vardar Skopje (Skopje, atual Macedônia) e o Borac Banja Luka (Banja Luka, atual Bósnia-Herzegovina).


De outras repúblicas, os times mais bem sucedidos, mas sem títulos, dos campeonatos iugoslavos foram: Slavija (Istočno Sarajevo, atual Bósnia-Herzegovina), Budućnost (Podgorica, atual Montenegro), SAŠK Napredak (Sarajevo, atual Bósnia-Herzegovina) e Olimpija Ljubljana (Ljubljana, atual Eslovênia).


Abaixo, os escudos dos times citados acima, na ordem em que foram citados.





Em 1992, a seleção iugoslava, classificada para a Eurocopa, foi excluída do torneio pela UEFA como punição aos crimes de guerra cometidos durante os conflitos dos Balcãs na década de 90. Ainda existiu um time chamado Iugoslávia até 2003, mas era apenas uma remendada versão da antiga república, que teve no lateral Dragan Džajić (décadas de 60 e 70) o jogador com mais partidas disputadas, 85 jogos, e no atacante Stjepan Bobek (décadas de 40 e 50) o maior artilheiro, com 38 gols.



acima: Bósnia-Herzegovina, Croácia, Eslovênia, Macedônia, Montenegro e Sérvia
abaixo: Kosovo e República Srpska (províncias da Sérvia e da Bósnia-Herzegovina, respectivamente, que possuem federações locais)

Notas do Brasil

Júlio César (7)
Se não fosse a falha no gol uruguaio, seria 9. É um grande goleiro, amadurecido e responsável. Rogério Ceni não fez falta.

Maicon (5)
Como de praxe, muito gás e pouca bola. Fez a jogada do segundo gol, com uma bela virada de bola.

(Daniel Alves) (sem nota)
O ala direito ideal mal entrou em campo.

Alex (4)
Um desastre. É excelente zagueiro, mas sucumbiu com toda a seleção.

Juan (6)
Impressionante. Até numa noite tétrica, se destaca no meio de tantas nulidades. Um craque sem marketing.

Gilberto (3)
Detesto chavões. Mas foi uma avenida para o avanço do ataque uruguaio. Joga no meio campo na Bundesliga e é obrigado a ser ala na seleção. Um dos grandes erros de Dunga.

Gilberto Silva (2)
Achei que o jogo contra o Peru havia sido o pior dele na seleção. O jogo de hoje provou que eu estava errado.

Mineiro (3)
A diferença dele para Gilberto Silva é que ele corre mais e tem mais fôlego. É pouco.

Kaká (5)
Tentou uma coisa aqui, outra ali. Melhorou no segundo tempo, mas nada suficiente para lhe tirar do limbo.

Ronaldinho Gaúcho (1)
Começo a ter pena dele. Não tenho mais como defendê-lo. Precisa dar um tempo de seleção brasileira.

(Josué) (6)
Entrou para segurar mais a entrada da área, para que o meio e os lados pudessem avançar. Sua função defensiva foi exercida com a habitual, porém limitada competência.

Robinho (2)
Contra o Peru, correu para lá e para cá. Hoje, quase nem isso.

(Vágner Love) (4)
Trouxe um pouco mais de movimentação no ataque. Juntar um atacante de arrancada como ele e um de área como Luís Fabiano é algo a se pensar.

Luís Fabiano (8)
O que dizer de um centroavante convocado às pressas, que vem fazendo uma temporada brilhante no Sevilla e que entra de surpresa numa fogueira e faz dois gols, dando a vitória ao seu time?

Dunga (3)
É um técnico em experiência na seleção brasileira. Seria como colocar um estagiário como presidente de uma multinacional de 100 anos de história. Está claramente perdido, não tem domínio sobre o time, não motiva os seus modorrentos jogadores e ainda age de forma raivosa. Não sei se será um bom técnico. Tem sido um mau estagiário, apesar do retrospecto matematicamente positivo.


quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Fim, Brasil 2 a 1

Resultado injusto.

Mais uma vez, Dunga, esse rancoroso, teve sorte.

42 minutos do 2° tempo, Uruguai cansado

Uruguai, como sempre, cansou do meio do segundo tempo para frente.

O Brasil ainda ganha de forma extremamente injusta e leva um baile do time Celeste.

18 minutos, Luís Fabiano

O Brasil voltou ainda pior.

Pior.

Luís Fabiano, esse baita centroavante, faz 2 a 1.

Resultado injusto.

Depois do gol, Dunga, raivoso e vingativo como sempre, soca a proteção do banco de reservas.


15 minutos do 1° tempo, sai Ronaldinho Gaúcho, entra...

JOSUÉ!

É inacreditável.

8 minutos do 2° tempo, Juan

O craque sem marketing salva o Brasil, que vem para o segundo tempo ainda mais deplorável.


43 minutos do 1° tempo, Luís Fabiano

Depender de um jogador, uma bola no meio das pernas do goleiro, um gol que cai do céu.

E teremos que ouvir que foi Dunga que colocou Luís Fabiano.

Jogo deprimente.

41 minutos do 1° tempo, irritação

Não sei o que me irrita mais: esse jogo sem vergonha da seleção brasileira ou a TV Globo ficar mostrando os seus "artistas de narinas de defunto" assistindo a partida como se estivessem na Ilha de Caras.

Pelo menos existem Rádio Bandeirantes e 105 FM. Não preciso ouvir Galvão Bueno e Arnaldo Cézar Coelho.


29 minutos, 1° tempo, Brasil 0 x 1 Uruguai

Um time que não investe em suas estrelas, que não acha meios de jogar, que não tem comando e que se sustenta apenas em seu imenso ego não é um time.

É uma cáfila.



Zagallo: cai a máscara

Do blog da Trivela, por Ubiratan Leal

Os Zagallos (Mário Jorge e seu filho Mário César) leiloaram o acervo particular da família. Foram 197 peças, com chuteiras e camisas. Algumas autografadas, outras, que foram usadas em jogos históricos (como as de Zagallo nas finais das Copas de 1958 e 1962 e a de Pelé na final de 1970).

Relíquias, que poderiam muito bem estar no Museu do Maracanã ou no futuro Museu do Futebol que a prefeitura de São Paulo constrói no Pacaembu. Poderia até ir ao Museu do Esporte em Maceió, terra natal de Zagallo. Pelo menos as peças mais importantes. As outras poderiam ser leiloadas.

Mas, não. O amor à "amarelinha" não foi tão forte assim. Não se via aquelas peças como artigo de museu, para ser conhecida, admirada e venerada por todos. Era melhor confiná-la a alguma coleção particular na Europa, desde que em troca de alguns milhares de euros, dólares ou libras. Isso porque a família Zagallo não precisa de dinheiro.

Mário César Zagallo ainda teve a hipocrisia de dizer que era o curso natural. "Se os grandes jogadores brasileiros vêm para a Europa, é natural que essas peças acabem parando por aqui."

Entre a amarelinha tradicional e a da imagem abaixo, os Zagallos mostraram qual eles preferem.

* * *

A opinião deste blog

Nunca engoli Zagallo, sem querer relembrar o triste episódio que o marcou naquela Copa América (aliás, ganhar a Copa América tem sido motivo de arrogância de alguns técnicos de seleção brasileira).


Apesar de sua inegável importância para o futebol, Zagallo sempre conseguiu estar no proscênio, mas sem ser a estrela. Sempre se alimentou do brilho que o cercava sem nunca brilhar de fato. Multi-vitorioso, sempre se gabou mais do que foi elogiado.

Cuspia ufanismo. Perdigotos raivosos com cheiro de mentira.

Hoje, mostra que seu amor pelo Brasil era só da boca para fora. Que seu amor tem um preço.

Faço uma ressalva: espero que ele não esteja precisando de dinheiro.

Exceto isso, não há justificativa.


domingo, 18 de novembro de 2007

Notas do Brasil

JÚLIO CÉSAR (6) - Não teve culpa no gol e não foi testado durante todo o jogo, apesar do domínio territorial peruano

MAICON (4) - Como boa parte do time, sumido. Sofreu com Mendoza, atacante que joga na Ucrânia. Tenta alguma coisa, mas é limitado.

LÚCIO (5) - Algo atrapalhado, como sempre. Desviou a bola no gol de Vargas, mas sem culpa nesse caso.

JUAN (8) - Um craque sem marketing. Um dos melhores zagueiros que o futebol brasileiro já apresentou. Tem técnica, sabe sair jogando, tem fibra e uma liderança calada que impressiona.

GILBERTO (3) - O ótimo Farfán (o melhor peruano do jogo) eliminou o já sumido Gilberto no segundo tempo, depois que o Peru passou a ter três atacantes. Acostumado a jogar no meio, fica perdido na lateral. Uma teimosia de Dunga.

GILBERTO SILVA (4) - Parece pesado, sempre é pego mal-posicionado, não tem a mesma velocidade de outrora. Parece um jogador cujo tempo já passou. Deixou enormes buracos para Palacios desfilar.

MINEIRO (4) - Perdido em campo. É um operário sem obra. Ainda tem mais poder de recuperação que Gilberto Silva, mas correu atrás do quarteto ofensivo peruano o jogo todo.

KAKÁ (7) - No primeiro tempo, foi o único que tentou alguma coisa, fez um golaço digno de sua imensa qualidade e mostra muita personalidade, recebendo responsabilidades de um meia, atuando ora como atacante e se destacando sempre. Sumiu, como todo o time, no segundo tempo.

RONALDINHO GAÚCHO (3) – Caso para psicólogo. Prefiro evitar ilações conspiratórias, mas é flagrante sua ausência intelectual quando joga na seleção. Cansei de ouvir a frase "ele precisa jogar na posição certa".

ROBINHO (5) – Correu para lá, correu para cá. Lembrou Paulo Nunes em má-fase. Entregue à marcação da defesa lateral peruana.
ELANO (6) – Entrou para adquirir o controle no meio-campo, completamente perdido depois da entrada de Palacios. Mas entrou depois do 1 a 1, quando o mais indicado seria Diego. Não tem culpa disso.

VÁGNER LOVE (4) – Tenta, se esforça, busca o jogo em qualquer lugar do campo. Mas não é o tipo de jogo dele, precisa de um companheiro mais próximo e menos aberto que Robinho.
LUÍS FABIANO (5) – Foi bem melhor que Love, mesmo sem ter tido uma grande exibição. No time do Dunga, o esquema é muito mais apropriado para um jogador como ele.

DUNGA (3) – Não enxerga o jogo. Insiste com laterais fracos e que, em seus times, nem nas laterais jogam. Insiste com Love sozinho na frente e não consegue alterar o ritmo do jogo quando necessário. Faz sempre as mesmas substituições, não investe devidamente nos talentos do time. Deve ser cedo para julgar, mas não tem a pegada que um técnico de seleção precisa, talvez pela falta de experiência, talvez pelo imobilismo provocado pela relação chefe-subordinado.


sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Peru e Uruguai

Peru

Etimologia: o nome "Peru" tem origem controversa: há quem diga que vem de um rio chamado "Pelú", nome de um rio descoberto por Vasco Núñez de Balboa e há quem afirme que vem do nome de um cacique local chamado Berú (ou Birú), cuja existência foi relatada a primeira vez em 1514 pelo explorador espanhol Francisco Becerra.

Bandeira: com duas faixas vermelhas que representam o sangue dos que lutaram pela liberdade do país e uma faixa branca representando a harmonia entre os habitantes, destaca-se o brasão no centro da bandeira peruana. O brasão está dividido em três partes: na parte superior esquerda, há uma vicunha (animal tipicamente andino); no lado direito, aparece uma Cinchona, a árvore que produz o quinino. E na parte de baixo, sobre um fundo vermelho, uma cornucópia derramando moedas de ouro, lembrando as três riquezas que o Peru tem: animal, vegetal e mineral.

* * *

Uruguai

Etimologia: outro nome de país que tem origem controversa. No entanto, uma é a mais aceita por historiadores e estudiosos de idiomas: Uruguai significa, em guaraní, "rio dos caracóis", já que "uraguá" significa "caracol" e o sufixo "i" (ou "y") é "agua" ou "rio".

Bandeira: são cinco faixas brancas e quatro azuis (cores que homenageiam a Argentina), representando as nove províncias originais quando da formação da república. Já o sol da bandeira (o Sol de Maio) tem dezesseis raios, alternando entre raios retos e raios tremulantes, e é usado como pavilhão nacional desde o século 19, simbolizando a independência de Uruguai e Argentina em relação à Espanha, após a Revolução de Maio, ocorrida entre 18 e 25 de maio de 1810. O mesmo sol aparece na bandeira argentina, mas com 32 raios (16 retos e 16 tremulantes).


quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Duas imoralidades de fim de festa

1- jogos de Goiás e de Corinthians adiados para a 4ª feira seguinte aos seus concorrentes contra o rebaixamento já terem jogado e

2- a pena ao Flamengo ter sido supensa pelo STJD.

Depois, quando alguns ouvintes da 105 falam de esquema, como vamos dizer que não?



segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Ilhas Cayman

Paraíso fiscal, não do futebol

Descobertas em 1503 por Cristóvão Colombo, as Ilhas Cayman são famosas pela sua estonteante beleza de ilhas desertas e praias paradisíacas. Mas também são famosas por serem outro tipo de paraíso: o fiscal. Reunindo centenas de empresas ‘offshore’ (que não pagam impostos internacionais de qualquer tipo, inclusive alfandegários, e livres de taxas vigentes em áreas continentais), a dependência britânica tem nessas transações bancárias cerca de 20% de todo o dinheiro que circula pelo país. Naturalmente, as divisas vindas do turismo são a maior parte de tudo que as Ilhas Cayman lucra e com o qual ela se mantém.

Foram justamente magnatas que aproveitam os dois lados desse paraíso que trouxeram o futebol aos caimanenses. Clifton Hunter e Timothy McField, donos de uma rede de empresas educacionais na Inglaterra, construíram o Annex Field, o primeiro estádio exclusivo para a prática do esporte nas Ilhas Cayman, na década de 60, na capital George Town. Ao mesmo tempo, Hunter construiu uma escola de futebol na cidade de West Bank (no extremo oposto do arquipélago), que inclusive fez surgir o Scholars International, time mais vitorioso do país.

Joga pouco, perde muito

A seleção nacional das Ilhas Cayman, cujo primeiro uniforme é composto de camisas vermelhas e calções azuis (e segundo uniforme todo branco) joga oficialmente apenas desde 1991, a despeito da federação ter sido fundada quase 30 anos antes. O jogo inaugural, um 1 a 1 contra São Cristóvão e Névis, foi animador, mas, com o tempo, tal impressão mostrou-se um equívoco.

Foram 59 jogos e apenas 13 vitórias (a mais espetacular, um 3 a 2 contra a Jamaica pela Copa Shell do Caribe, torneio classificatório para a Copa Ouro), com 37 derrotas, algumas delas vexatórias, como goleadas de 8 a 1 para os Estados Unidos, em 1995, 9 a 2 para Trinidad e Tobago, no mesmo ano, e 7 a 0 para Cuba, em setembro de 2006, último jogo oficial dos caimanenses, que têm vantagem histórica apenas contra as fracas Ilhas Virgens Britânicas.

Ainda assim, o técnico da seleção, o brasileiro Marcos Aurelio Tinoco, com passagens por CSA, Serrano de Petrópolis e Araçatuba, acredita que a Foster’s National League (o campeonato nacional das Ilhas Cayman) possa trazer evolução ao futebol local, que, segundo ele, é potencialmente tão bom ou melhor que alguns companheiros insulares, como República Dominicana e Haiti.

A liga, que existe desde 2000, é dividida em dois grupos: a Zona Ocidental e a Zona Oriental. Os dois melhores de cada chave vão à semifinal, jogada em dois jogos, e os vencedores disputam a final em jogo único, sempre no estádio nacional Truman Bodden, em George Town. O destaque tem sido o auriazul Scholars International, de West Bay, grande rival dos times da capital, o rico George Town SC e o East End, mantido pelo alto comissionado da Marinha Britânica nas Ilhas Cayman.

Sub-20 é a esperança

Se a seleção principal não traz nenhum bom resultado, é no time sub-20 que Tinoco e a federação local depositam alguma esperança. Com treinamentos durante todo o dia e dedicação exclusiva ao futebol (algo inexistente nos times de cima), os jovens caimanenses começam a mostrar alguma qualidade.

O pensamento do técnico se volta especialmente a três jogadores: o goleiro Thomas Bush, irmão do titular da seleção, Aaron Bush, e segundo o próprio irmão, “o bom da família”, o lateral Junio Hurlston, que marca com alguma qualidade, mas tem no ataque sua grande vantagem, e principalmente o atacante Carlos Powery, artilheiro da última Foster’s National League com 15 gols e que já foi até laureado pelo governo caimanês pelas suas excelentes performances.

Legenda no canto da torcida corinthiana

Quando a TV Globo mostrou as legendas do canto da torcida do Corinthians no Serra Dourada, eu estava vendo o jogo sem som, do estúdio da 105 FM, com a narração de Hugo Botelho, comentários de Bruno Prado e reportagens de Felipe Facincane.

Não sei o que foi dito pela equipe global durante a legenda, mas colocar o tal texto foi algo absolutamente ridículo, bairrista, parcial e provinciano.

Pequeno e popularesco, como tem sido pequena e popularesca a Globo desde que Boni dela se foi.


domingo, 11 de novembro de 2007

Flamengo, Sport Recife, São Paulo e a "Taça das Bolinhas"

Alguns leitores me cobram posição sobre o penta do São Paulo, sobre o Brasileiro de 1987 e sobre a Taça das Bolinhas.

De início, deixo duas coisas claras:

1- acho essa briga pela "Taça das Bolinhas" uma bobagem que beira a infantilidade.

2- o Campeonato Brasileiro de 1987 teve dois campeões, Flamengo E Sport Recife

Explico: acho que o Flamengo foi campeão de fato. A imprensa, a torcida e o país assim trataram aquela Copa União. Era o Campeonato Brasileiro. Negar isso é negar a história e as informações. Ater-se somente a estatísticas e outras friezas do tipo é tergiversar.

Por outro lado, não posso ignorar as estatísticas e as friezas acima citadas, pois são elas que estabelecem os fatos legais. Nesse aspecto, o Sport foi campeão brasileiro de 87.

Desta forma, acho que o título deveria ser oficialmente dividido e ponto final.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Ameaças no banheiro

Alguns jogadores do Palmeiras foram cercados por integrantes de facções organizadas no banheiro do aeroporto depois da derrota (normal e merecida, que se diga) para o Sport Recife.

Atenção: no BANHEIRO do aeroporto.

No banheiro. Escondido de todo mundo, próximo às privadas e mictórios. Lugar de germes e micróbios.

Lá estavam os membros das facções que ameaçaram os jogadores.

Junto das bactérias.

As bactérias não mereciam tal companhia.


IK Sleipner, o primeiro time de Nils Liedholm


Morreu segunda-feira, dia 5, aos 85 anos, o ex-atacante sueco Nils Liedholm, que tornou-se lendário no futebol italiano, tanto como jogador (foi jogador, na Itália, apenas do Milan) quanto como treinador, além de ter sido o capitão da Suécia vice-campeã mundial em 1958, quando perdeu a final em casa para o Brasil.

Liedholm destacou-se no IFK Norrköping, em 1946, e na seleção de seu país, onde formou o famoso trio "GreNoLi", ao lado de Gunnar Gren e Gunnar Nordahl. Pela Suécia, sagrou-se campeão olímpico em 1948. No ano seguinte, transferiu-se para o Milan, onde ficou por doze temporadas. O "GreNoLi" também foi formado com a camisa milanista e na primeira temporada o time marcou incríveis 118 gols em 38 jogos: destes quase 120 gols, 37 foram marcados por Liedholm. Na temporada seguinte (1950/51), ele conquistou o primeiro de quatro títulos nacionais: os outros foram em 1955, 1957 e 1959, os dois últimos com o trio já desfeito.


Mas antes de ir para o IFK Norrköping, jogou quatro anos no IK Sleipner, de Norrköping. O time atualmente disputa a Division 2 Mellersta Götaland, que corresponde a um dos seis grupos da Division 2 (de fato, a 4ª divisão sueca). O time está na segunda colocação do seu grupo, que classifica o primeiro colocado de cada um deles para a 3ª divisão.


Campeão nacional da temporada 1937/38, o IK Sleipner (IK é a abreviação para Idrottsklubben) usa uniformes com camisa listrada em azul e branco, calções e meias azuis. O nome do time vem do termo sueco para a lenda escandinava de Sleipnir (termo que significa algo como suave, escorregadio), o cavalo de oito patas de Odin, principal deus da mitologia nórdica.


O Sleipner foi fundado em 27 de abril de 1903 (e não 4 de outubro, como afirmam algumas fontes), por estudantes que não foram aceitos como jogadores do IFK Norrköping, time mais antigo e mais rico da cidade. Durante todo a primeira metade do século passado, conquistou até mais do que o esperado, com títulos, vice-campeonatos nacionais e na Copa da Suécia.


Liedholm não foi o primeiro jogador do time a fazer sucesso na seleção: Severin Friström e Sven Johansson jogaram muitas partidas pela Suécia, inclusive em Jogos Olímpicos. A curiosidade é que Johansson também foi um grande jogador de boliche: aliás, o esporte foi o primeiro do clube quando ele foi fundado.


Vejam abaixo o IK Sleipner de 1943, com a presença do grande Nils Liedholm:



em pé, da esquerda para a direita: Harry Andersson, Lars Bergström, Arne Linderholm, Stig Gustavsson, Nils Liedholm e Per Lövgren; agachados, da esquerda para a direita: Gösta Westerholm, Rune Nyqvist, Allan Johansson, Sven Andersson e Georg Sahlin.

fontes: Svenskafotbal e site oficial




segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Copa União 1987

Para embasar qualquer discussão, aí vai o link da matéria Crise, revolução e traição, escrita por Ubiratan Leal para a revista Trivela, edição nº 15, de maio de 2007.

Minha opinião: por justiça, o título deve ser oficialmente dividido e ponto final.

Discutir para quem vai a taça de bolinhas?

Mais uma bobagem, mais uma filigrana sem importância.

Querê-la, reinvindicá-la ou guardá-la para si é pequenez.


domingo, 4 de novembro de 2007

O escudo do Coritiba Foot Ball Club

Fundado em 12 de outubro de 1909 por imigrantes alemães, o Coritiba tem um dos escudos mais tradicionais do futebol brasileiro, que sofreu pequenas alterações (conforme visto mais abaixo) durante a história.

O escudo do alvi-verde curitibano é formado por um círculo verde, que simboliza o globo terrestre ( o verde é homenagem às cores do estado do Paraná). Em torno do círculo, entre duas linhas brancas, está grafado o nome CORITIBA FOOT BALL CLUB acima e o nome PARANÁ embaixo

No centro do globo, as iniciais CFC em branco, envolvidas por um desenho branco raiado, representando doze pinhões (outro símbolo do estado e diz-se, origem da palavra "curitiba" - em tupi-guarani, cúri seria algo como pinheiro, pinhão), em lembrança ao dia 12 em que o clube foi fundado.

Ainda foi acrescida uma estrela amarela, referente ao título brasileiro de 1985.




escudos antigos: McNish