sábado, 22 de dezembro de 2007

Cuzco e Potosí

O Flamengo, representado por sua diretoria e pelo seu braço na mídia, deu um chilique monstro quando do jogo contra o boliviano Real Potosí pela última Taça Libertadores.

Reclamou, disse que os atletas podiam morrer, foi até à Fifa. Esperneou, chorou e protestou. Por outro lado, alguns médicos sérios se pronunciaram contra jogos na altitude. Outros igualmente sérios disseram que uma boa adptação resolveria o problema.

O time rubro-negro disse que jamais jogaria de novo em altitudes extremas.

Pois nessa edição 2008, que começará em finais de janeiro, o Cienciano, da peruana Cuzco, enfrentará o Montivedeo Wanderers pela primeira fase. Se passar, cai no grupo de Nacional, Coronel Bolognesi e... Flamengo!

Potosí, sudoeste boliviano, fica a oficiais 3.967 metros de altitude.

Cuzco, sudeste peruano, fica a oficiais 3.310 metros de altitude.

A Conmebol já disse que o Flamengo terá que jogar em Cuzco, sob pena de "punição exemplar", segundo Hildo Nejar, dirigente da entidade.

Será que o dirigente que bravateou em Potosí irá junto com a delegação?


2 comentários:

André Rocha disse...

Bindi,

Fiquei surpreso de ver um comentarista sempre combativo com o que observa de errado como você criticar ironicamente um clube que protesta e luta pelos seus direitos e por melhores condições de disputa.

Se vai conseguir o seu intento é outra questão, assim como o fato de protestarmos contra a CBF, Dunga, etc., e nada acontecer.

Quanto a essa polêmica da altitude, eu considero uma questão sem consenso. Os adversários têm razão de reclamar da vantagem geográfica dos times adaptados à altitude. Mas privar um time de atuar em seus domínios é deveras injusto.

Luiz Fernando Bindi disse...

André, continuo a combater o que acho errado.

E acho errado tamanho chilique por causa da altitude. Considerei um chilique exagerado.

Não considero que o Flamengo tenha o direito de tentar jogar em campo neutro. Pode reclamar, afinal é o "jus-esperniandes".

Os times têm o direito, para mim inalienável, de jogar em casa. Há quem molhe o gramado, há quem jogue na altitude. Proibir isso é conspurcar a autodeterminação dos povos.