
Treze de dezembro de 1936. Portuguesa 6 x 1 Ypiranga. Paulista.
Dezenove de junho de 1952. Portuguesa 2 x 2 Vasco. Rio-São Paulo.
Cinco de junho de 1953. Portuguesa 2 x 0 Palmeiras. Rio-São Paulo.
Vinte e seis de agosto de 1973. Portuguesa 0 x 0 Santos. Paulista.
Cinco datas que representam os 5 grandes títulos que a Portuguesa, fundada em 14 de agosto, dia da Batalha de Aljubarrota (que em 1385 marcou o fim do domínio do Reino de Castela sobre Portugal), ganhou em sua história.

Ídolos da Lusa. Gênios rubro-verdes inesquecíveis, dentro e fora de campo. Andavam esquecidos. Andavam guardados apenas na memória dos torcedores mais fanáticos.
Tirando copas de juniores e um jogo brilhante aqui, outro ali, eu nunca tinha visto a Portuguesa ser campeã profissional de coisa alguma. Como alguém que ama futebol, não ver a Lusa campeã é uma falha no currículo. Torci muito em 96. Ailton e seu Grêmio imortal mataram minha torcida (minha e de todo mundo que eu conhecia, enamorados pela Lusa de Rodrigo Fabbri e Candinho).
E a Lusa foi descendo nas divisões da bola. Mas ainda era a Portuguesa, moradora do histórico Canindé, que sob a Cruz de Avis, surgiu da fusão de Luzíadas, 5 de Outubro, Lusitano, Marquês de Pombal e Portugal Marinhense.
Hoje, dia 6 de maio de 2007. Canindé lotado, como há muito não se via. Emoção no velho Ilha da Madeira, emoção no antigo Independência, emoção no Oswaldo Teixeira Duarte. Crianças com camisas verde-vermelhas. Jovens a cantar o hino de Roberto Leal. Velhos torcedores a entoar o hino de Archimedes Messina.
O jogo era a final da 2ª divisão do Campeonato Paulista. O adversário, o Rio Preto. A Lusa já subiu de volta para o lugar de onde jamais deveria ter saído e de onde mãos inábeis (ou pior que isso) a tiraram. Um, dois, três, quatro a zero. Para a Portuguesa. Pela primeira na minha vida, vejo a linda cena de jogadores da Portuguesa levantando um troféu, gritando "é campeão, é campeão".
Além dos nomes já citados, agora é justo que coloquemos também os heróis que hoje trouxeram o sorriso ao rosto do torcedor luso: Tiago, Wilton Goiano, Bruno, Marco Aurélio, Leonardo, Marcos Paulo, Rai, Alexandre, Erick, Preto, Vaguinho, Rivaldo, Diogo, Joãozinho, Bruno Soares. E Benazzi, que entra no panteão rubro-verde dos grandes técnicos.
No estádio, em meio às lágrimas que lavam toda a tristeza dos últimos anos, parece que dava para ouvir as vozes dos fundadores:
"Você faz parte de uma grande família
Que muito pode se orgulhar
É a família unida e muito amiga
Da Portuguesa querida"
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