ARGENTINA
A tradicional bandeira argentina foi criada pelo general Manuel Belgrano, um dos artífices da independência do país. Há duas correntes que explicam o porquê das cores: uma delas diz que Belgrano escolheu o azul-celeste e o branco por eles serem as cores da infantaria dos criollos (casta latino-americana da América Espanhola) que lutaram ao lado dos argentinos durante a Revolução de Maio, que tornou independentes Argentina e Uruguai; outra corrente afirma que as cores foram escolhidas da família real de Bourbon.
Já o sol no centro da bandeira é o Sol de Maio, que representa o deus inca do Sol, Inti. O sol, que tem dezesseis raios retos e dezesseis raios flamejantes e dentro do disco, um rosto humano. O "maio" refere-se á já citada Revolução de Maio, que marcou o início da independência do Vice-reinado do Rio da Prata (que veio a se dividir em Argentina e Uruguai).
Já o sol no centro da bandeira é o Sol de Maio, que representa o deus inca do Sol, Inti. O sol, que tem dezesseis raios retos e dezesseis raios flamejantes e dentro do disco, um rosto humano. O "maio" refere-se á já citada Revolução de Maio, que marcou o início da independência do Vice-reinado do Rio da Prata (que veio a se dividir em Argentina e Uruguai).
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BOLÍVIA
Até 2005, as cores da bandeira boliviana representavam a bravura do soldado boliviano (vermelho), a riqueza mineral (amarelo) e a fertilidade da terra (verde). Em 2005, um decreto presidencial determinou que o vermelho é o sangue do povo, o amarelo são as belezas naturais e o verde representa a esperança em dias melhores. Mas a oposição política ao atual governo renega essa simbologia.
No centro, o brasão boliviano (ver abaixo em detalhes), com um escudo que tem a palavra BOLIVIA e nove estrelas douradas (que simbolizam os nove departamentos do país) na borda azul de um imagem típica do país, com o Monte Potosí ao fundo, uma lhama branca, uma árvore de fruta-pão e um pequeno barril de trigo. Ladeando o escudo, seis bandeiras do país, dois canhões e quatro rifles (que representam a luta do povo pela independência), uma lança inca, uma semi-coroa de louros, um condor andino e um barrete frígio, uma espécie de touca que virou um símbolo da luta pela liberdade, já que os revolucionários franceses de 1789 usavam esse tipo de barrete.
No centro, o brasão boliviano (ver abaixo em detalhes), com um escudo que tem a palavra BOLIVIA e nove estrelas douradas (que simbolizam os nove departamentos do país) na borda azul de um imagem típica do país, com o Monte Potosí ao fundo, uma lhama branca, uma árvore de fruta-pão e um pequeno barril de trigo. Ladeando o escudo, seis bandeiras do país, dois canhões e quatro rifles (que representam a luta do povo pela independência), uma lança inca, uma semi-coroa de louros, um condor andino e um barrete frígio, uma espécie de touca que virou um símbolo da luta pela liberdade, já que os revolucionários franceses de 1789 usavam esse tipo de barrete.
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BRASIL
Apesar de ter ficado famosa a explicação que o verde são as matas e o amarelo são as riquezas do país, as duas cores são originárias da família real dos Habsburgos (da Imperatriz Leopoldina) e dos Bragança (do Imperador Pedro I). Já o disco azul representa a esfera celeste do Rio de Janeiro no dia 15 de novembro de 1889, data da Proclamação da República brasileira e cada estrela é um dos estados do Brasil.
Há quem diga que a faixa branca representa a eclíptica (o equador celeste), mas na verdade ela é apenas um lugar para a inscrição do lema "Ordem e Progresso", que tem origem em textos positivistas do francês Auguste Comte e foi colocado na bandeira por orientação de Raimundo Teixeira Mendes, então um dos principais pilares do pensamento positivista no Brasil e idealizador da bandeira nacional.
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CHILE
Criada inicialmente por Juan Gregorio Las Heras, a bandeira chilena teve suas cores escolhidas por inspiração do poeta Alonso de Ercilla y Zúñiga, que em um de seus poemas citava o azul, o branco e o vermelho.
Depois de alguns meses, o atual desenho foi feito por Bernardo O´Higgins, então Ministro da Guerra chileno. O vermelho representa o sangue derramado pela independência do país, o branco são as neves eternas dos Andes, o azul é o céu do deserto de Atacama e a estrela serve como guia para o progresso e a honra chilenos.
Depois de alguns meses, o atual desenho foi feito por Bernardo O´Higgins, então Ministro da Guerra chileno. O vermelho representa o sangue derramado pela independência do país, o branco são as neves eternas dos Andes, o azul é o céu do deserto de Atacama e a estrela serve como guia para o progresso e a honra chilenos.
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COLÔMBIA
Assim como as bandeiras de Equador e Venezuela, a bandeira colombiana foi criada por Francisco de Miranda, revolucionário venezuelano que lutou ao lado de Simón Bolívar pela independência dos três países e que chegou a ser presidente da Venezuela logo após o país se libertar da Espanha.
Miranda inspirou-se no pensamento goethiano (ele e Goethe foram amigos) chamado "As cores primárias", em que o amarelo é a cor nobre, mais próxima da cor da luz; o azul é um misto de excitação e serenidade e evoca os bons fluidos da natureza; o vermelho é a exaltação da vida. Com o tempo, as escolas colombianas começaram a ensinar que o vermelho é o sangue dos heróis da independência, o azul simboliza os oceanos que banham a Colômbia e o amarelo simboliza as riquezas minerais do país. Mas a verdade é aquela que inspirou Francisco de Miranda.
Miranda inspirou-se no pensamento goethiano (ele e Goethe foram amigos) chamado "As cores primárias", em que o amarelo é a cor nobre, mais próxima da cor da luz; o azul é um misto de excitação e serenidade e evoca os bons fluidos da natureza; o vermelho é a exaltação da vida. Com o tempo, as escolas colombianas começaram a ensinar que o vermelho é o sangue dos heróis da independência, o azul simboliza os oceanos que banham a Colômbia e o amarelo simboliza as riquezas minerais do país. Mas a verdade é aquela que inspirou Francisco de Miranda.
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EQUADOR
As cores são as mesmas propostas por Francisco de Miranda, como explicado na bandeira da Colômbia, mas foi oficialmente adotada apenas em 1900 pelo presidente Gabriel García Moreno que também estabeleceu a inserção do brasão equatoriano no centro da bandeira.
O brasão do Equador (ver detalhes abaixo) é oval, com um desenho interno que representa o vulcão Chimborazo de onde sai o rio Guayas, o mais importante do país. No rio, o navio Guayaquil, considerado o primeiro navio mercante construído em toda América do Sul, em 1840. Atrás do Sol, há um arco do zodíaco representando os meses de março, abril, maio e junho, que foram os meses durante os quais aconteceu a Revolução de 1845, que tirou o Equador da ditadura de Juan José Flores. Acima do escudo, um condor andino representa a grandeza e a força do povo equatoriano. Atrás das bandeiras, ramos de louro e oliva, representando a república. Abaixo dele, um feixe que simboliza a dignidade.
O brasão do Equador (ver detalhes abaixo) é oval, com um desenho interno que representa o vulcão Chimborazo de onde sai o rio Guayas, o mais importante do país. No rio, o navio Guayaquil, considerado o primeiro navio mercante construído em toda América do Sul, em 1840. Atrás do Sol, há um arco do zodíaco representando os meses de março, abril, maio e junho, que foram os meses durante os quais aconteceu a Revolução de 1845, que tirou o Equador da ditadura de Juan José Flores. Acima do escudo, um condor andino representa a grandeza e a força do povo equatoriano. Atrás das bandeiras, ramos de louro e oliva, representando a república. Abaixo dele, um feixe que simboliza a dignidade.
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MÉXICO
MÉXICO
Depois de três bandeiras oficiais (além de outros galardões informais), a atual bandeira mexicana foi adotada como a oficial apenas em 1968. Na verdade, ela é um redesenho de uma já criada em 1918 durante o governo de Venustiano Carranza, mas cuja águia do brasão central olhava de frente, e não de lado como é atualmente.
As cores da bandeira mexicana vêm das cores do pavilhão do Ejercito de las Tres Garantías: na fase final da Guerra da Independência, as tropas espanholas e os insurgentes mexicanos, antes inimigos, fundiram-se num único grupo. A criação deste exército foi decidida pelo Plano de Igualá e seu nome deve-se às três garantias que deveria defender: a religião católica, a independência da Espanha e união entre facções independentistas. Não há versão oficial do significado das cores, mas elas originalmente significavam independência (verde), religião (branco) e união (vermelho). No governo de Benito Juárez, quando o México tornou-se laico, as cores passaram a significar respectivamente unidade, esperança e o sangue dos heróis do país.
Já o brasão da bandeira (desenhado por Francisco Eppens Helguera) é inspirado na lenda asteca que fala da fundação de Tenochtitlan, a capital dessa civilização. Segundo a lenda, os astecas vagavam pelo território que hoje é o México em busca de um local para se assentarem. O deus Huitzilopochtli profetizou que onde houvesse uma águia ("quebrantahuesos", em espanhol) com uma cobra como presa e assentada sobre uma pedra emersa de um lago, lá seria o local de construção da cidade. Após dois séculos de peregrinação, o Texcoco (hoje quase extinto) surgiu como esse lago. Então, construíram Tenochtitlan, que acabou virando a Cidade do México, capital do país.
As cores da bandeira mexicana vêm das cores do pavilhão do Ejercito de las Tres Garantías: na fase final da Guerra da Independência, as tropas espanholas e os insurgentes mexicanos, antes inimigos, fundiram-se num único grupo. A criação deste exército foi decidida pelo Plano de Igualá e seu nome deve-se às três garantias que deveria defender: a religião católica, a independência da Espanha e união entre facções independentistas. Não há versão oficial do significado das cores, mas elas originalmente significavam independência (verde), religião (branco) e união (vermelho). No governo de Benito Juárez, quando o México tornou-se laico, as cores passaram a significar respectivamente unidade, esperança e o sangue dos heróis do país.
Já o brasão da bandeira (desenhado por Francisco Eppens Helguera) é inspirado na lenda asteca que fala da fundação de Tenochtitlan, a capital dessa civilização. Segundo a lenda, os astecas vagavam pelo território que hoje é o México em busca de um local para se assentarem. O deus Huitzilopochtli profetizou que onde houvesse uma águia ("quebrantahuesos", em espanhol) com uma cobra como presa e assentada sobre uma pedra emersa de um lago, lá seria o local de construção da cidade. Após dois séculos de peregrinação, o Texcoco (hoje quase extinto) surgiu como esse lago. Então, construíram Tenochtitlan, que acabou virando a Cidade do México, capital do país.
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PERU
Foi criada por José de San Martin e adotada em 1825. No início, a bandeira era dividida em quatro triângulos (dois vermelhos e dois brancos), mas com o tempo as faixas acabaram sendo verticais como é hoje em dia.
Há controvérsia quanto às cores, mas o próprio San Martin disse que as escolheu por lhe lembrar os parihuanas, espécie de flamingo alvirrubro comum no Peru. No entanto,historiadores dizem que ele pegou o vermelho da bandeira do Chile e o branco da bandeira da Argentina, pelo fato de que a maioria daqueles que lutaram pela independência peruana eram chilenos e argentinos.
Há controvérsia quanto às cores, mas o próprio San Martin disse que as escolheu por lhe lembrar os parihuanas, espécie de flamingo alvirrubro comum no Peru. No entanto,historiadores dizem que ele pegou o vermelho da bandeira do Chile e o branco da bandeira da Argentina, pelo fato de que a maioria daqueles que lutaram pela independência peruana eram chilenos e argentinos.
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PARAGUAI
Única bandeira do mundo com frente-e-verso diferentes (a imensa maioria das bandeiras tem o verso idêntico à frente, enquanto outras são simplesmente "do avesso"), a bandeira paraguaia tem origem na cores usadas pelos que lutaram nas batalhas independentistas entre 1810-1840, que por sua vez se inspiraram na Revolução Francesa. Oficialmente, as cores têm a seguinte explicação: vermelho (patriotismo, coragem, heroísmo, igualdade e justiça), branco (pureza, firmeza, união e paz), azul (tranquilidade, amor, conhecimento, verdade e liberdade).
A frente da bandeira há um brasão azul com uma estrela dourada de cinco pontas ladeado por um ramo de oliva e um ramo de palma, além da inscrição República del Paraguay. No verso da bandeira, figura um leão (o defensor da liberadade) que segura uma lança e um barrete frígio (ver Bolívia) encimados pelo lema Paz y Justicia.
A frente da bandeira há um brasão azul com uma estrela dourada de cinco pontas ladeado por um ramo de oliva e um ramo de palma, além da inscrição República del Paraguay. No verso da bandeira, figura um leão (o defensor da liberadade) que segura uma lança e um barrete frígio (ver Bolívia) encimados pelo lema Paz y Justicia.
ESTADOS UNIDOS
Composta de 13 listras vermelhas e brancas (representando as colônias originais estadunidenses pré-independência) e 50 estrelas brancas sobre um fundo azul (representando cada um dos estados do país). As cores foram escolhidas por representar pureza e inocência (o branco), força e valor (o vermelho) e vigilância e perseverança (o azul). É incerto quem criou a bandeira, mas a versão mais aceita diz que o autor é George Washington e a primeira costureira da bandeira foi a quaker Betsy Ross.
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URUGUAI
Apesar do Sol de Maio também aparecer na bandeira argentina, o Sol da bandeira uruguaia tem oito raios retos e oito flamejantes. As nove listras azuis e brancas representam as nove províncias originais do país e o Sol tem a mesma simbologia da Argentina.
Não é sabido ao certo porque o sol uruguaio tem menos raios que o original, mas assim ele foi desenhado desde que Fructuoso Rivera o concebeu, dez anos depois dos argentinos. Outra diferença é que o Sol uruguaio está sorridente e o argentino, não.
Não é sabido ao certo porque o sol uruguaio tem menos raios que o original, mas assim ele foi desenhado desde que Fructuoso Rivera o concebeu, dez anos depois dos argentinos. Outra diferença é que o Sol uruguaio está sorridente e o argentino, não.
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VENEZUELA
Desde 2006, a bandeira venezuelana (cujas cores são as mesmas inspiradas por Francisco de Miranda nas bandeiras colombiana e equatoriana) possui 8 estrelas, sendo que até então ela possuía apenas sete, que representavam as sete províncias do país quando de sua independência, em 1811. A oitava estrela foi inserida por ordem do presidente Hugo Chávez, em homenagem a Simón Bolivar.
Já o brasão de armas (no canto esquerdo e abaixo, em detalhes), tem um quarto vermelho com um feixe de milho com tantas espigas quanto estados existem na Venezuela e um quarto amarelo com uma espada, una lança, um arco e uma flecha dentro de um estojo, um machete e duas bandeiras nacionais entrelaçadas por una corona de louros. Um terceiro quarto é azul, com um corcel branco que até 2006 estava virado para a direita e olhando para a esquerda. A pedido da filha do presidente, Rosinés, de oito anos, o cavalo foi virado totalmente para a esquerda. Acima desse escudo há duas cornucópias com as riquezas do país (entre elas, rosas, cacau, milho, abacate, bananas e abacaxi), ladeado por um ramo de palmas e um de café.
Além deles, há também uma faixa com as cores do país com as inscrições “19 de Abril de 1810", "Independencia", "20 de Febrero de 1859", "Federación" e "República Bolivariana de Venezuela".
3 comentários:
aaaaaaah bandeiras, eu adoro bandeiras! Te falei na entrevista, né? Sou fascinado por elas. Muito legal o post, tem como fazer o mesmo no Mundial Sub-20? hehe
abraços!
Bindi,
genial, como sempre. Só queria fazer algumas observações:
1) o que a Costa Rica está fazendo aí? Não deveria ser o México e sua águia comendo a cobra no local onde se fundou Tenochtitlán?
2) A história que se fala no Chile é que a bandeira do país tem inspiração na bandeira norte-americana, com apenas uma estrela para simbolizar a unidade da nação (ao contrário das 50 norte-americanas). Procede?
3) Não houve mudanças apenas na simbologia das cores da bandeira da Bolívia, mas mudou o brasão (esse ai é o atual mesmo). E não foi o governo de Evo Morales quem fez isso, mas o de Carlos Mesa, em 2004.
Pelo amor de Deus, onde está o brasão de armas da bandeira do Peru?
Caroline Eugenia Guerra
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