Pegando carona no ótimo texto do Maurício Vargas...
Considero-me um cara patriota. Me emociono quando toca o Hino Nacional, mesmo quando toca pela enésima vez, vindo dos alto-falantes carcomidos de uma Brasília 75 no interior de SP, por imposição da lei. Detesto quando amigos meus estrangeiros falam mal do Brasil, me revolto profundamente com frases do tipo "só no Brasil, mesmo". Adoro meu país, odeio político que fala que moro "Nestepaís": é Brasil, pô!
Amo o Brasil. Não pelo que ele é. Mas apesar do que ele é.
Detesto patriotada. Me enoja ufanismo. Acho humilhante copiar Estados Unidos, Venezuela, Gâmbia ou Xangri-lá. Detesto ditaduras, sejam militares, civis, de direita, de esquerda.
Adoro a democracia, o poder ser feliz, o dever de reclamar, o direito de escolher.
Mas a Seleção representa para mim um estágio abaixo dos times que eu torço. Seleção, para mim, é durante a Copa. Entre-copas, é mais uma diversão. Mas deve ser levada a sério. Deve ser tratada como o que ela é: um patrimônio do povo. Que pertence ao povo. Seleção Brasileira não tem dono.
Como tal, deve ser democrática como o futebol, ao meu ver. Joga quem quiser. Se a pessoa não está a fim, não joga. Quer férias? È absoluto e sagrado direito. Precisa aceitar o que os seus chefes determinam (sejam o Real Madrid, o Arsenal, o Flamengo ou o Hepacaré de Lorena)? Aceite-se, depois joga. O cara tem medo de seqüestro, tem medo de bandido, tem medo de bala perdida, tem medo de bala achada, tem medo da Banda Calypso? Pode ir embora, é um direito. É democrático. É justo.
Agora, criticar jogador porque ele não quer jogar? Ora, Ronaldinho Gaúcho não foi um dos culpados pelo fracasso da Copa´06? Porque agora ele é um traidor da pátria só porque quer férias? Porque compará-lo a Riquelme, que quer jogar a Copa América?
Não conheço (conhecemos) Dunga como técnico. Mas sua postura como brasileiro está me irritando. Se tem algo que me irrita é esse papinho de ame-o ou deixe-o. O AI-5 morreu. Deixemos morto.
Considero-me um cara patriota. Me emociono quando toca o Hino Nacional, mesmo quando toca pela enésima vez, vindo dos alto-falantes carcomidos de uma Brasília 75 no interior de SP, por imposição da lei. Detesto quando amigos meus estrangeiros falam mal do Brasil, me revolto profundamente com frases do tipo "só no Brasil, mesmo". Adoro meu país, odeio político que fala que moro "Nestepaís": é Brasil, pô!
Amo o Brasil. Não pelo que ele é. Mas apesar do que ele é.
Detesto patriotada. Me enoja ufanismo. Acho humilhante copiar Estados Unidos, Venezuela, Gâmbia ou Xangri-lá. Detesto ditaduras, sejam militares, civis, de direita, de esquerda.
Adoro a democracia, o poder ser feliz, o dever de reclamar, o direito de escolher.
Mas a Seleção representa para mim um estágio abaixo dos times que eu torço. Seleção, para mim, é durante a Copa. Entre-copas, é mais uma diversão. Mas deve ser levada a sério. Deve ser tratada como o que ela é: um patrimônio do povo. Que pertence ao povo. Seleção Brasileira não tem dono.
Como tal, deve ser democrática como o futebol, ao meu ver. Joga quem quiser. Se a pessoa não está a fim, não joga. Quer férias? È absoluto e sagrado direito. Precisa aceitar o que os seus chefes determinam (sejam o Real Madrid, o Arsenal, o Flamengo ou o Hepacaré de Lorena)? Aceite-se, depois joga. O cara tem medo de seqüestro, tem medo de bandido, tem medo de bala perdida, tem medo de bala achada, tem medo da Banda Calypso? Pode ir embora, é um direito. É democrático. É justo.
Agora, criticar jogador porque ele não quer jogar? Ora, Ronaldinho Gaúcho não foi um dos culpados pelo fracasso da Copa´06? Porque agora ele é um traidor da pátria só porque quer férias? Porque compará-lo a Riquelme, que quer jogar a Copa América?
Não conheço (conhecemos) Dunga como técnico. Mas sua postura como brasileiro está me irritando. Se tem algo que me irrita é esse papinho de ame-o ou deixe-o. O AI-5 morreu. Deixemos morto.
4 comentários:
Tbm sou destes patriotas meu chapa!
Me arrepio com o hino, tenho orgulho de nossas terras e etc.
E tbm estou de saco cheio da abordagem de Dunga e imprensa (ou parte dela) nesses episódios. Me recuso a escrever sobre essa baboseira.
abraço bindão!
Valeu pela referência. Confesso que fiquei pensando bastante nisso que falaste: "Amo o Brasil. Não pelo que ele é. Mas apesar do que ele é."
Esse apesar me deixou encucado. Ainda vou me entender com ele.
Abraços!
Concordo plenamente com você. Vivemos em um País democrático, portanto a nossa seleção também tem que atender o regime.
Se não quer jogar, dê a oprtunidade para outro. Afinal de contas, o que não falta é jogador querendo vestir a camisa do Brasil. (Será?)
Tá no ar um pedaço da nossa conversa lá no blog. Ouve lá depois!
Abraços
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