quarta-feira, 30 de abril de 2008

Estádio Luzhniki, o palco da final

Com a definição dos ingleses Manchester United e Chelsea como finalistas da UEFA Champions League, é importante conhecer o Estádio Luzhniki, em Moscou, que receberá os dois times.

O estádio, cujo nome completo é Grand Sports Arena of the Luzhniki Olympic Complex (Большая спортивная арена Олимпийского комплекса Лужники), com capacidade aproximada de 85 mil pessoas, fica no Complexo Olímpico de Luzhniki, bairro situado na zona sudeste de Moscou, no distrito de Khamovniki. Idealizado pelos arquitetos Rogozhin, Ullas, Khryakov e Vlasov, construído pelos engenheiros Nasonov, Reznikov e Polikarpov e inaugurado em 1956 dentro da megalomania esportiva do governo soviético, o Complexo era chamado de Central Lenin Stadium e reúne equipamentos para futebol, ginástica, vôlei, basquete, artes marciais, natação, tênis, hóquei e até esqui.

Um dos poucos estádios de ponta na Europa que usa grama artificial -mas usará piso natural no jogo da UCL, o Luzhniki (nome que vem da palavra russa "luga", que significa "várzea alagada", já que a região fica às margens do rio Moscou) é usado mais pelo proprietário, o Torpedo Moscou, atualmente na segunda divisão russa e pelo Spartak Moscou, time mais vitorioso e popular do país.

Aliás, foi em um jogo do Spartak pela Copa da Uefa contra o holandês Haarlem em 1982, que aconteceu uma tragédia na história do estádio Luzhniki. Na época, era proibida a presença de menores de 16 anos em estádios de futebol, a polícia impediu a entrada de muitos torcedores, que, revoltados, forçaram as catracas. Isso redundou num grande conflito, que oficialmente, matou 66 pessoas pisoteadas e esmagadas contra os portões, segundo fontes oficiais. No entanto, há quem afirme que mais de 350 pessoas morreram na trágica ocasião: o ex-tenista Andrei Chesnokov e o antigo dirigente do Spartak Leonid Romanov, que na época tinham dezessete anos e estavam presentes ao estádio dizem que um evento daqueles não poderia ter produzido menos de 200 mortos.

Graças à intervenção do técnico da seleção russa, Guus Hiddink, um jogo entre veteranos do Spartak e do Haarlem teve sua renda revertida às famílias dos mortos.