segunda-feira, 17 de março de 2008

China e a hipocrisia

Os recentes e ainda visíveis conflitos no Tibete (região anexada pela China de forma cruenta e unilteral) e a violenta reação do governo chinês são apenas um exemplo do que acontece na última grande ditadura do mundo, sem contar muitos tristes países africanos, Cuba, que não é nada muito bem definido e Venezuela, que ainda, ainda, não é uma ditadura.

A República Popular da China, não podemos e não devemos esquecer, tem um governo totalitário desde 1949. Sob as costas desse governo de partido único (iniciado por um dos grandes sanguinários da história, Mao Tse Tung), pesam inúmeras violações aos direitos humanos, que vão de cerceamento às liberdades individuais e limpeza étnica e social até exílio e execução de oposicionistas, violações aos direitos animais, absoluto desrespeito pelo meio-ambiente e tratamento indigno às massas trabalhadoras e às mulheres.

O que me irrita pessoalmente é o cerrar de olhos que a imprensa tem se apressado em promover no ano de Olimpíadas. Será que há o receio de alguma represália dos organizadores contra órgãos que porventura mostrem as mazelas de um governo ditatorial, corrupto e violentamente repressor?

Espero que não.

Espero que seja apenas desinformação.


2 comentários:

Felipe Simi disse...

Receio que esse "cerrar de olhos" não seja mera desinformação, não, meu caro Luiz Fernando. Como é que jornalistas esportivos responsáveis podem falar das Olimpíadas com entusiasmo enquanto, perto dali, tibetanos e chineses travam uma batalha sanguinária que preocupa o mundo todo?

Expedito Paz disse...

As máscaras começaram a cair. Você deve ter visto o etíope recordista da maratona dizendo que não disputará a prova em Pequim por causa da poluição.